A Feira de Economia Solidária, que acontece tradicionalmente às sextas-feiras no Centro Administrativo de Lauro de Freitas (Calf), contou com a participação mais que especial de quatro mulheres empreendedoras vinculadas ao Centro Público de Economia Solidária da Região Metropolitana de Salvador (Cesol RMS-2), em edição realizada nesta manhã. No local foi possível encontrar uma variedade de produtos entre alimentícios, artesanatos e acessórios, através das bancas encabeçadas pelo público feminino.
A beijuzeira Jamile Lima saiu de Camaçari para comercializar seus produtos no local com itens a partir de R$ 3. Na venda dela, que empreende há dois anos, foi possível encontrar além de beijus, bolos, aipim, coco seco e pamonhas. “Depois dessa assessoria estamos expandindo o nosso negócio e apresentando nossos produtos para muito mais pessoas. Já tivemos em feiras, shoppings e até em mercados. Então, hoje, eu me considero uma mãe, empreendedora e batalhadora”.
A artesã Márcia Simões, da Bela Mesa Art Decor, destacou que a iniciativa viabiliza a expansão do seu pequeno negócio. “Mesmo que não venda, a gente divulga o nosso produto. Então, é bom para nós, enquanto vendedores, e também para os clientes, que têm acesso a produtos de qualidade”. Ela comercializa produtos como xícaras, crochê, macramê e mandalas, a partir de R$ 15.
Quem passou por lá, aprovou a iniciativa. A servidora Maria da Conceição, 47, garantiu o café da manhã e um lanche para casa. “Todo mundo lá em casa ama bolo de aipim. Aproveitei a oportunidade de comprar aqui, sem sair do trabalho, e comprei também pra levar pra casa”.
As empreendedoras fazem parte dos 128 empreendimentos associados ao Cesol RMS-2, formado por seis municípios da região, ligado à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). O intuito é utilizar espaços multifuncionais públicos, de caráter comunitário, para articular oportunidades de geração, fortalecimento e promoção do trabalho coletivo baseado na economia solidária.
A agente socioprodutiva do Cesol, Raquel Maia, destacou que a participação na Feira torna-se ainda mais importante diante da pandemia, que refletiu diretamente nos pequenos comércios. “É uma política pública muito importante para desenvolver os grupos produtivos de artesanato e agricultura familiar neste período de pandemia, onde foi cessada a oportunidade de comercialização por dificuldade de mobilidade. Hoje, essa oportunidade de espaço no Calf ajuda a angariar recursos para multiplicar a produção e pagar as contas em casa. Somos gratas pela oportunidade”, afirmou.
Quem perdeu a edição de hoje, 27, pode marcar compromisso agenda para prestigiar o evento na próxima sexta-feira (03). A agente socioprodutiva antecipou que outras quatro empreendedoras marcarão presença no espaço.
Jornalista: Aina Soledad
Foto: Maína Diniz
27/08/2021
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