O Facebook anunciou ontem (1º) que permitirá que os usuários saibam que sites ou aplicativos enviam informações para a rede social, dando opção também para apagar esses dados e impedir que o histórico de navegação seja armazenado.
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, antecipou o lançamento da ferramenta “Clear History” (“Apagar Histórico”), que estará disponível nos próximos meses, durante a conferência anual de desenvolvedores da rede social, a F8, realizada na Califórnia.
Ao contrário de outros anos, quando falou de realidade aumentada e inteligência artificial na abertura da F8, Zuckerberg focou em repassar as medidas tomadas pela plataforma sobre privacidade.
O Facebook está sob escrutínio público desde março, quando o escândalo envolvendo o vazamento de dados de 87 milhões de usuários para consultoria britânica Cambridge Analytica foi revelado.
Tanto Zuckerberg quanto o diretor de Privacidade do Facebook, Erin Egan, anteciparam que o “Clear History” é uma iniciativa que atende às exigências de usuários, especialistas e reguladores.
“Os aplicativos e sites que usam ferramentas como o botão de ‘like’ ou o Facebook Analytics nos enviam informações para produzir conteúdos e anúncios melhores. Também as utilizamos para fazer a experiência do Facebook melhor”, informouu Egan.
Zuckerberg disse que a ferramenta que será lançada pela rede social se parece com as existentes nos navegadores de internet, que permite apagar o histórico de sites visitados. No entanto, o fundador da plataforma alertou que utilizar o “Clear History” pode piorar a experiência do usuário.
“Será uma simples ferramenta de controle para apagar o histórico de navegação no Facebook: no que você clicou, as páginas que visitou e mais”, descreveu o empresário.
O fundador da rede social revelou que, enquanto testemunhava no Congresso dos EUA sobre a polêmica com a Cambridge Analytica, percebeu que não tinha respostas suficientemente claras para algumas perguntas sobre os dados dos usuários.
Com a nova opção, os usuários poderão eliminar parte das informações que o Facebook armazena sobre eles. No entanto, a plataforma continuará fornecendo aos aplicativos e sitesassociados dados para que eles possam analisar, por exemplo, o grupo demográfico no qual são mais populares.
Zuckerberg também voltou a falar sobre medidas para proteger a integridade de futuras eleições. O Facebook passou a requerer a identidade de anunciantes que fazem anúncios políticos e contratará até o fim do ano mais de 20 mil pessoas para revisar conteúdos.