A Espanha relatou nesta quarta-feira (20) mais de 500 mortes ligadas às temperaturas extremas, enquanto países como França e Reino Unido avaliam os danos deixados por uma avassaladora onda de calor na Europa Ocidental acompanhada por grandes incêndios, vários ainda ativos.
O fenômeno, que durou de 9 a 18 de julho, foi “a que apresentou maior anomalia” de temperatura registrada na Espanha desde o início da série histórica em 1975, segundo Beatriz Hervella, porta-voz da AEMET.
O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, alertou a população que “a mudança climática mata”.
“Durante esta onda de calor, segundo os registros, mais de 500 pessoas morreram como consequência das altas temperaturas”, informou Sánchez, em referência a uma estimativa da mortalidade realizada por um instituto de saúde pública.
Em Portugal, já houve mais de mil mortes por conta da onda de calor, segundo o governo local.
Nesta quarta-feira, o incêndio que mais preocupava era em Calatayud (Aragão), onde as chamas afetavam um perímetro de 14 mil hectares, provocaram a evacuação de 1.700 pessoas e chegaram a interromper a circulação de trens de alta velocidade entre Madri e Barcelona.
O número de mortes que Sánchez citou é uma referência às estimativas feitas pelo instituto público Carlos III, que faz um cálculo estatístico do aumento da mortalidade por causas precisas, como o aumento da temperatura, comparando esses números com séries estatísticas históricas.