O mês de novembro foi de atividades diferenciadas para dez escolas municipais do município de Lauro de Freitas. Reverenciando a memória de Zumbi dos Palmares e Dandara – heróis negros que fizeram história na luta pelos direitos negros, alunos e professores realizaram mais um ‘Novembrinho Negro’.
O projeto, que acontece pelo segundo ano consecutivo,foi realizado pela Divisão de Ações Afirmativas – DAFIR e pela Secretaria Municipal de Educação de Lauro de Freitas – SEMED, onde contou com a participação das escolas Pedro Paranhos, Fênix, Capiarara, Edvaldo Boaventura, Loteamento Santa Julia, Quingoma, Vovó Ciça, Jacira Mendes. A Divisão de Ações Afirmativas fez intervenções pedagógicas também nas escolas de Dois de Julho e Solange Coelho.
Cada escola envolvida ficou responsável em escolher um país do continente africano e pesquisarem junto com os alunos, informações e características, além de fazer um paralelo entre a identidade da escola em relação ao país escolhido. A cantora Juliana Ribeiro participou da abertura do evento, onde abordou sobre as questões de gênero presentes no seu videoclipe ‘Preta Brasileira’.
A programação seguiu com uma série de palestras, oficinas apresentações culturais e a exibição do filme Zambizanga. O longa com direção de Sarah Moldoror relata a história de um ativista revolucionário negro, que foi preso pela polícia secreta portuguesa e torturado até a morte. Sarah foi uma das primeiras mulheres negras a dirigir um filme na África.
Sua filha, Annouchka de Andrade participou de duas atividades promovidas pela DAFIR, sendo uma Escola Estadual Américo Simas e o outra na Loja Conceito Bazar. Annouchka veio ao Brasil para divulgar a obra feita por sua mãe.
O que é o Novembrinho Negro
Novembrinho Negro constitui uma atividade do projeto Observatório Racial da Criança Fala aê, projeto pedagógico que acontece durante todo o ano letivo, quando um grupo de escolas estudam uma nova epistemologia sobre as presenças civilizatórias africanas, afro-brasileiras e indígenas, além de alguns aspectos que estruturam as novas discussões sobre gênero, orientação sexual e povos itinerantes com o objetivo de mudarem suas metodologias ao longo do ano letivo fazendo desta forma um trabalho sistematizado como propõe a Lei 11.645.08. Esse ano, o projeto teve o apoio do Jornal Correio, Shopping da Bahia, a Tarde FM e do Programa Evolução Hip Hop Educadora FM.
Fonte: Folha Popular