Compreender Bolsonaro é primeiro compreender o que é o fascismo. Não se trata de uma palavra de ordem ou grito de guerra mas de um movimento intelectual do século XX que ganhou força após a I Guerra Mundial. Os principais fascistas foram Mussoline na ‘Itália’ e Hitler na Alemanha sendo seus princípios basicamente: família, propriedade privada, darwinismo social, controle ideológico das Universidades, entre outros. Peço ao leitor- eleitor que leia esse artigo até o final para entender que o que dizemos não é besteira.
Reconhecer os elementos fascistas de Bolsonaro não são tarefas difíceis, o primeiro princípio fascista é a aplicação do Darwinismo Social nas relações de trabalho. Esse princípio prega que trabalhadores
precisariam de menos proteção do estado para ‘competir’ de forma mais feroz pelos melhores empregos, sendo sempre necessário existir
uma faixa de subempregados para estimular os jovens a se profissionalizarem mais (
Routledge, 1995). Essa proposta está bem consolidada no plano de governo de Bolsonaro na chamada “carteira de trabalho verde e amarela” onde patrões e trabalhadores negociariam “livres condições” com menos direitos. Também está expressa nas declarações públicas de que os trabalhadores terão que escolher entre mais empregos e menos direitos ou menos empregos emais direito.A frase que Bolsonaro utiliza na verdade pertence a Adolf Hitler, e foi dita em 13 de Março de 1932 quando este estava em um debate contra o comunista .A frase que Bolsonaro utiliza na verdade pertence a Adolf Hitler, e foi dita em 13 de Março de 1932 quando este estava em um debate contra o comunista Ernst Thälmann . (Ainda tem gente que diz que Nazismo é Comunista quando rivalizaram em todas as eleições, pasmem)
Um outro princípio Fascista é a projeção de um problema pertencente a individualidade e ao caráter humano a determinado grupo social. No caso a corrupção foi a principal escolhida por Mussoline que atribuía aos “comunistas” a decadência moral e econômica da “Italia” . A ideia é que as massas tem facilidade de simplificar problemas complexos e ficaria mais fácil comover a opinião publica a aceitar iniciativas mais radicais, se eles estivessem convencionados que tudo se resumia combater um perigo comum.
Em um cerimonia Totenehrung em 1934 no salão de Ehrenhalle Hitler disse que “ Vamos varrer esses comunas da nossa pátria, vamos metralhar esses comunas em massa” (Kressel, Neil J. (2002). Em ato realizado no Acre, e gravado em vídeo, de posse de um protótipo de fuzil ou similar Bolsonaro disse “Vamos metralhar essa petralhada toda” .
O Fascismo também não tem resposta para os problemas práticos e econômicos. A crise de hiperinflação durante o governo Hitler e o desabastecimento de bens e itens básicos durante a ditadura de Mussolini eram sempre justificadas pelo “boicote dos comunas” e pelos “ataques do establishment politico”.
Em 1935 durante a inauguração de uma grande obra publica ( o canal Angro-Pontino e sua drenagem pantanosa) Mussoline declarou que a “imprensa” realizava uma feroz perseguição ao seu governo, e ordenou a estatização da última emissora ainda não controlada pelo governo alegando que a empresa “sugava recursos dos cofres do povo da Itália”. Bolsonaro ataca jornalistas e a impressa alegando perseguição e se escondendo de responder perguntas e debater, somente concedendo entrevistas em ambientes controlados. Hitler só concedia entrevistas em ambientes…. controlados.
Um outro princípio Fascista é formação de um senso de perseguição e desproteção geral, fazendo com que cidadãos renunciem as suas liberdades individuais em troca do aumento da sensação de segurança ou proteção. Para Bolsonaro estamos em uma epidemia de episódios violentos e de crimes, quando em verdade segundo o Fórum Brasileiro de Segurança (FBS) apurou queda de 1,2% no total de homicídios apesar do crescimento do desemprego. Mas a pregação de uma sensação de insegurança é vital para que parte da população ignore os chamados radicalismos transversais do fascismo. Por “acabar com a bandidagem” o povo ignora a falta de propostas para os problemas reais: emprego, saúde e educação.
Por fim o Fascismo prega a repressão ao diferente a purificação de costumes como forma de criar uma imagem nacional mais “robusta” e séria. Em palavras simples trata-se de combate aos LGBT’S e a movimentos de trabalhadores sem-terra, negros, e minorias. Quando Bolsonaro diz que “herdamos o jeitinho malandro da Africa” ou que “Quilombolas não servem para nada, nem para procriar” ele prega a necessidade de ‘purificar’ a nação (na visão deles). Mussoline disse que “Seus filhos foram muito bem educados para se casarem com criolos-mestiços e imigrantes imundos” nada muito diferente do que Bolsonaro disse a Preta Gil ao dizer que “seus filhos foram muitos educados para casar com negras”
Há também o voto de combate ao outro, que representa um dos mecanismos psicológicos mais avançados do fascismo, bem expressos no livro de Anthony James Mussolini and the intellectual origins of fascismo, um dos primeiros que li ainda na graduação de história na disciplina de história moderna. Esse mecanismo talvez seja o mais importante ao longo da campanha presidencial de 2018, e consiste no seguinte: Todos e todas temos inimigos mentais, mesmo que não os odiemos temos repulsa a algum comportamento desse individuo ou grupo, ou sentimos algum tipo de rejeição ao mesmo.Esse mecanismo talvez seja o mais importante ao longo da campanha presidencial de 2018, e consiste no seguinte: Todos e todas temos inimigos mentais, mesmo que não os odiemos temos repulsa a algum comportamento desse individuo ou grupo, ou sentimos algum tipo de rejeição ao mesmo.
Aproveitando-se disse, o Fascismo cria pequenas “hordas” de disseminação desse ódio localizado. Hitler ia em uma igreja e dizia odiar os gays, ia nos bares gays e dizia odiar os Judeus banqueiros que tiravam-lhe o emprego, chegava nas repartições públicas e dizia odiar os políticos que transformavam as repartições em cabideiros de empregos, e faziam o legitimo “servidor público” trabalhar ganhando pouco, chegava nas reuniões de partidos e dizia que o problema eram os “servidores públicos” que com seus altos salários comprometiam os cofres. Hitler chegava no Judiciário e dizia que o problema eram os marginais bêbados e que iriam acabar com eles, e aos marginais Hitler dizia que o problema eram os juízes que não prendiam os corruptos mas corriam atrás de ladrões de latas de óleo.
Desse modo todos odeiam todos, mas nesse processo de canalização de ódio o fascista ganha apoio de expressivas camadas de todos os extratos sociais, mesmo que pregue claramente contra esse mesmo extrato. No fim se os eleitores de um fascista fossem presos em uma sala, matar-se-iam uns aos outros, e como não podem, manifestam o desejo reprimido e comprimido na utensilhagem mental (Froide, 1903) . Assim Bolsonaro odeia gays, ama gays, odeia negros, não tem nada contra negros, metralha petista e prega paz ao mesmo tempo. A aparente contradição esconde a violência e justifica o despotismo e carestia de liberdades que seguem os Governos fascistas.
Diante disso, trata-se de uma verdadeira obrigação histórica eleger Haddad presidente do Brasil. Não se trata de ser de direita ou de esquerda, mas de não existir outra via, outra possibilidade dentro de um regime democrático e de direitos. Bolsonaro segue todo o roteiro fascista com maestria, o mesmo roteiro que suprimiu liberdades individuais, torturou mulheres grávidas e arruinou a economia. Já dizia Getúlio Vargas: “Chegará o tempo em que seremos apenas gado e teremos que escolher entre eleger o açougueiro ou leiteiro.Eduquem o povo para que não escolham o açougueiro, pois aos leiteiro ao menos terás a expectativa de um outro dia.” Por mais ressalvas que se possa ter contra um eventual governo Haddad, trata-se um governo que poderá ser fiscalizado e controlado, enquanto o outro..Bolsonaro segue todo o roteiro fascista com maestria, o mesmo roteiro que suprimiu liberdades individuais, torturou mulheres grávidas e arruinou a economia. Já dizia Getúlio Vargas: “Chegará o tempo em que seremos apenas gado e teremos que escolher entre eleger o açougueiro ou leiteiro.Eduquem o povo para que não escolham o açougueiro, pois aos leiteiro ao menos terás a expectativa de um outro dia.” Por mais ressalvas que se possa ter contra um eventual governo Haddad, trata-se um governo que poderá ser fiscalizado e controlado, enquanto o outro...
Para além disso, temos um programa econômico obscuro. Você escolheria um sindico que diz que seu filho que decidirá pelo condomínio? Como eleger um presidente que diz que “isso é com o Guedes (Paulo) ?” .
Em 13 anos o PT não transformou o Brasil em uma Venezuela, não será agora com mais controle social e com a decadência do modelo Venezuelano que o fará. Foram gerados mais de 20 milhões de empregos, e mesmo a crise iniciada no Governo Dilma o saldo é positivo em mais de 7 milhões de empregos gerados. Foram gerados mais de 20 milhões de empregos, e mesmo a crise iniciada no Governo Dilma o saldo é positivo em mais de 7 milhões de empregos gerados.
Não vamos salvar o Brasil elegendo o açougueiro. Com tiranos não combinam os Brasileiros corações!
Por Marcelo José S da Costa