A petista se reuniu com representantes de 13 localidades da capital baiana, além de dirigentes do Partido dos Trabalhadores. No total, Plenárias Zonais do PT reuniram 2.500 pessoas
Nascida em São Gonçalo do Retiro, periferia de Salvador, a pré-candidata do PT à Prefeitura, Major Denice, afirmou neste domingo, 30, que conheceu a cidade sob a ótica de quem andava “amontoada” nos ônibus lotados. Para ela, Salvador, que nunca teve um gestor negro, precisa conhecer mais de perto as políticas bem-sucedidas de mobilidade urbana, saúde e educação implementadas pelo Partido dos Trabalhadores na Bahia e no Brasil, por meio das gestões do ex-presidente Lula, da ex-presidenta Dilma, do ex-governador e senador jaques Wagner e do atual governador do estado, Rui Costa.
“Sou mulher de coragem, firmeza, crença e de fé. O nosso modo petista de governar dá certo porque ele transforma a vida das pessoas,”, assinalou Denice, que aproveitou a ocasião para se solidarizar com os familiares das vítimas da pandemia de Covid-19. Durante a última plenária das Zonais do PT, realizada de forma virtual, pelo aplicativo Zoom, na manhã deste domingo (30), a Major Denice voltou a defender um governo que dê esperanças e oportunidades ao povo, principalmente devido ao momento vivido no brasil. Ela frisou que é preciso priorizar o ensino técnico e acessível para jovens, a inserção do povo na elaboração das políticas públicas, além de segurança e garantia de direitos para as periferias.
“Nossa cidade é desigual e chega a ser desumana, mas temos o nosso povo, um povo que está cansado. Eu vou governar com vocês e para vocês. A história da cidade, de cada um desses lugares, se mistura muito com a minha”, afirmou a postulante do PT, reiterando deficiências da capital baiana, como a falta de médico em postos de saúde e de creches nos bairros periféricos e mais pobres.
A idealizadora da Ronda Maria da Penha, que reafirmou o orgulho na candidatura pelo partido, falou para representantes da 5ª e 16ª Zonas do PT – correspondentes aos bairros da Saramandaia, parte do Cabula, Jardim Patrícia, parte de Narandiba, Pernambués, São Gonçalo do Retiro e Sussuarana, parte de Narandiba, Engomadeira, CAB, Arenoso, Tancredo Neves e Saboeiro, respectivamente. No total, as Plenárias Zonais do PT reuniram 2.500 pessoas. As propostas colhidas durante os encontros virtuais serão agregadas ao Programa de Governo Participativo (PGP) que será apresentado nas eleições.
Presidente da 5ª Zonal, Sílvio Torres disse que a periferia quer uma prefeitura “que cuide do povo”. Segundo ele, a gestão atual da capital prioriza assistência a áreas nobres da cidade, em detrimento das regiões mais pobres. “Eu sei que Denice vai ser a prefeita que vai olhar pela periferia, diferente de gestões que esquecem da favela. Queremos uma prefeita que tenha a sua cara, que chore com a gente. Vamos fazer com que essa cidade que ganhe o carinho da mulher, nossa Salvador negra”, afirmou o dirigente petista.
ÚLTIMO ENCONTRO
Anfitrião dos encontros ao lado da coordenadora política da campanha da Major Denice e secretária da Promoção da Igualdade Racial da Bahia, Fabya Reis, e do co-coordenador do PGP e secretário de Desenvolvimento Urbano do Estado, Nelson Pelegrino, o presidente do PT de Salvador, Ademário Costa, frisou o elevado índice de participação das comunidades nas reuniões virtuais e afirmou que Denice já contribui com a história do partido. “Além de todas as atribuições e características, Major Denice é também uma construtora do Partido dos Trabalhadores. Com toda sua beleza, toda sua força, a primeira representante negra dessa cidade”.
Morador de Pernambués, o líder comunitário Rafael Arcanjo defendeu que está na hora do poder público pensar em como ajudar, de forma direta, o povo negro e pobre. Ele reverberou a fala da petista quanto à necessidade de mais investimentos em educação “Nós não vamos aceitar que políticos venham aqui, tirem nossos votos e nos esqueçam. A gente precisa de ações efetivas e que pensem em quem mais precisa”, disse.
Ao final do encontro, Denice disse que política se faz pensando em quem mais precisa. “A política tem que ser feita para cuidar das pessoas e mostrar a elas como você está cuidando delas. Precisamos realizar a construção da dignidade das pessoas, dar direitos, e não fazer uma política assistencialista”, orientou.