No momento em que o Brasil registra quase 3 mil óbitos por coronavírus e vivenciado colapsos em hospitais e sistemas funerários – como é o caso de Manaus, no Amazonas -, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, defendeu o afrouxamento gradual da quarentena.
Ele também comparou os números do Brasil com outros países vendo o cenário brasileiro como algo positivo, mas sem mencionar as subnotificações devido ao baixíssimo número de testes realizados no País. O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil tem 2.906 mortes por Covid-19 e 45.757 casos confirmados.
Em sua primeira participação em coletiva de imprensa, ele anunciou que o governo federal prepara um “programa de saída” do isolamento social junto a estados e municípios e que a base será a “tentativa e erro”. “Vamos flexibilizar, mas se não der certo, a gente recua”, disse.
“O afastamento, ele é uma medida absolutamente natural e lógica na largada. Mas ele não pode não estar acompanhado de um programa de saída. Isso é o que a gente vai desenhar. Isso é o que a gente vai dar suporte para estados e municípios”, disse.
Teich afirmou ainda que o objetivo será fazer análises de curto prazo com base no desenvolvimento da crise e que a mudança de cenário irá exigir tomadas de decisão rápidas. “Você tem que ser rápido o bastante para fazer um diagnóstico e tomar uma atitude. Então uma das coisas que a gente vai ter dentro dessa diretriz é ‘se acontecer isso aqui, recua’”, declarou.