Em tratamento contra um câncer no reto, Preta Gil contou detalhes sobre a descoberta da doença e fez um alerta para a necessidade da prevenção por meio de cuidados simples e exames específicos.
Em entrevista à apresentadora Ana Maria Braga, a cantora salientou a importância de se falar do tema, que muitas vezes fica de lado por conta das atribulações da vida. “A gente normaliza muitas coisas no nosso dia a dia por conta de correria, de priorizar o trabalho, de priorizar outras coisas, e a saúde fica em segundo plano”, disse Preta.
Ao lembrar dos primeiros sinais da enfermidade, ela contou que estava há seis meses com “prisão de ventre absolutamente exagerada”, com dez dias sem ir ao banheiro. “Quando eu fazia as fezes, era com sangue, com muco, ela tinha um formato diferente. Isso é uma coisa que você está em casa e fala ‘ai, meu deus, que nojo!’. Não! É importantíssimo a gente olhar as nossas fezes, porque ela diz muito sobre nossa saúde, sobre o nosso organismo”, pontuou a artista, revelando que ignorou sinais como as fezes achatadas, porque não percebeu que poderia ser um sinal do câncer.
“Ela está achatada, porque, como meu câncer é no reto, ele impede a passagem. Então, quando passa achata. Então as fezes saem achatadas”, lembrou Preta Gil.
Ela contou ainda que antes de descobrir a doença, chegou a ter picos de pressão alta e dor de cabeça, e que acabou sendo internada. “A primeira internação que eu tive, que eu passei mal, eu fui internada e o diagnóstico foi uma cefaleia, foi uma dor de cabeça e me indicaram procurar um neuro”, relatou a filha de Gilberto Gil.
“Isso foi numa quarta e eu acordei de manhã, numa quinta-feira, depois de ter voltado do hospital, fui ao banheiro normalmente. E quando eu fui andar até o banheiro eu senti escorrer uma coisa nas minhas pernas. Quando eu olhei era sangue, mas não era pouco sangue, era muito sangue!”, contou a artista, lembrando que chegou a desmaiar e foi levada, às pressas, para a emergência, onde os médicos pediram exames como tomografia e ressonância magnética. “Na primeira tomografia já apareceu o tumor”, disse a cantora, segundo a qual o tumor tem seis centímetros.
Neste momento, ela destacou a importância da colonoscopia. “Ele hoje é indicado pra todo mundo aos 45 anos. Se você tem algum caso de um parente que teve um câncer no intestino, vamos supor, o seu avô, sua avó, seu pai teve 60 anos, você faça com 50 anos, você faz com 10 anos a menos a colonoscopia”, orientou a artista, explicando que é através deste exame que é possível detectar os pólipos e já retirá-los.
“[Faz] como um preventivo, né. Não espera passar mal, não espere sentir alguma coisa pra fazer! Tem 45 anos, já vai! Ou tem algum caso na família, já marca! E aí, o pólipo ele tira na hora, na colonoscopia já tira, porque ele pode virar um câncer”, alertou.
“O meu, por exemplo, ele é assim. Ele é um pólipo, então ele tem seis centímetros, mas a parte maligna dele é um pólipo pequeno no meio de uma carne assim esponjosa. Então, é muito importante a gente fazer a colonoscopia”, concluiu.