A morte violenta do produtor cultural, Israel Borges, na chacina do dia 15, em Itinga Lauro de Freitas, é um recado claro e direto para toda a sociedade e para as autoridades políticas.
Israel era um líder de multidões. Coordenava um dos maiores eventos juveniis da cidade. A ‘Batalha do Caranga’ é um símbolo de resistência, identidade e celebração da vida. Matar Israel foi o mesmo que atirar na cabeça de todos aqueles que o tinham como referência cultural.
A morte de Israel pode representar o sepultamento de uma ação cultural que é uma alternativa a dezenas de jovens que encontram no hip hop um refúgio contra as tensões sociecono-micas do cotidiano.
A batalha tem que continuar. A batalha cultural, a batalha pela vida, a batalha por um sonho.
As autoridades políticas, o secretário de juventude precisa ‘abrir o sinal’. Uma politica de juventude só é eficaz quando consegue garantir a vida.
Israel talvez tenha emprestado a sua vida, para que outros possam dá continuidade às suas.
Por: Ricardo Andrade