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Depois do pedido do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega de R$ 5 milhões para Eike Batista, foram transferidos US$ 2.350.000,00 entre contas no exterior do empresário e dos publicitários Mônica Moura e João Santana, atribuída à empresa Shellbill. O repasse aconteceu em 19 de abril de 2013, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, depois de uma primeira tentativa frustrada de repasse, em dezembro do ano anterior. A suspeita da força-tarefa da Operação Lava Jato é que Mantega, à época presidente do Conselho de Administração da Petrobras, teria pedido recursos a Eike Batista que seriam destinados ao pagamento de dívidas da campanha do PT referente às eleições presidenciais de 2010. “Há coincidência entre pedido feito pelo presidente do Conselho de Administração da Petrobras para empresário que iria receber naquele mesmo mês pagamento relativo à obra na Petrobras [entenda aqui]. Ainda não é momento de denúncia, de hipótese apenas. Isso se soma ao quadro geral de corrupção instalado no governo federal à época”, declarou Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador-Geral. Embora Eike Batista negue que os recursos tenham sido pedidos para uso como propina, a PGR acredita que o empresário sabia e participou dos pagamentos indevidos, via off-shore.