Os indicadores econômicos pioram a cada dia que passa. O “golpe dos corruptos” acelerou a instabilidade política e está jogando o país no precipício. Muitos dos chamados “analistas do mercado” – na verdade, porta-vozes da agiotagem financeira – já preveem que o Brasil pode estar caminhando da recessão para a depressão, com quebradeira de empresas, inadimplência, desemprego e outras chagas. O paraíso prometido pelo covil golpista e pela mídia chapa-branca vai virando um inferno. Neste cenário sombrio, o “salvador da pátria”, o rentista Henrique Meirelles, já está na fritura e há quem garanta que o Judas Michel Temer está prestes a ser traído, sendo jogado fora como bagaço.
Nesta sexta-feira (2), o IBGE informou que a produção industrial recuou 1,1% em outubro na comparação com setembro. Segundo a agência Reuters, “a queda foi acima do esperado e o pior resultado para o mês em três anos, iniciando o quarto trimestre com mais um indício da fraqueza que marcou o ano todo, principalmente dos investimentos. Sobre o mesmo mês do ano anterior, a produção apresentou queda de 7,3%, chegando ao 32º mês seguido no vermelho. ‘A indústria está bem distante do patamar máximo, ela vem perdendo dinamismo e não sabemos onde isso vai parar. O setor industrial carece de estímulos”, destacou o economista do IBGE, André Macedo”.
Ainda de acordo com o IBGE, as perdas são generalizadas. A produção de bens de capital, uma medida de investimento, apresentou queda de 2,2%, chegando ao quarto mês consecutivo de recuo. Entre os 24 ramos industriais pesquisados, 20 apresentaram perdas, com destaque para produtos alimentícios (-3,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%). “A forte queda dos investimentos foi justamente um dos principais motivos para que a recessão brasileira tenha se aprofundado no terceiro trimestre, com o PIB encolhendo 0,8%… ‘Aquele ambiente de incerteza que há uns quatro meses se dissipou agora volta com força e retrai todo mundo’, completou Macedo, do IBGE”.
A “esperança apagada” da mídia golpista
Na avaliação dos vários institutos de pesquisas, as perspectivas para o futuro próximo são ainda mais sombrias. Até a mídia chapa-branca, que tentou criar um clima de otimismo para alavancar o governo Temer, já prevê o pior. A revista Época, da mercenária famiglia Marinho, publicou uma reportagem na edição desta semana que evidencia o pânico entre os golpistas. Segundo a matéria, “após ensaiar a retomada no segundo trimestre, o investimento afundou e piorou a previsão das consultorias. Analistas cogitam terceiro ano seguido de recessão”. O “lampejo de esperança” com o covil golpista, afundou de vez. “Esperança apagada”, conclui a reportagem assinada por Luís Lima.
“Todos os setores produtivos ficaram no negativo. A indústria voltou a cair, devolvendo o ganho de outrora. A construção de infraestrutura e fábricas, ou Formação Bruta de Capital Fixo, indicador de crescimento sólido, que também tinha subido, amargou retração de 3,1%. ‘A mera elevação da confiança não foi suficiente para resgatar o crescimento no terceiro trimestre, tampouco será no quarto trimestre”, avaliaram, em relatório, os economistas da Parallaxis Consultoria. Após os resultados, algumas consultorias, como a 4E, passaram a considerar que 2017 pode marcar o terceiro ano seguido de retração econômica”, detalha a matéria da revista Época.
O inferno astral do covil golpista
Diante deste quadro sombrio, cresce a boataria sobre a demissão de Henrique Meirelles, o czar da economia, e até sobre a queda do Judas. A Folha tucana publicou duas notinhas apimentadas nestes dias. “Cresce no setor privado o temor de que Michel Temer não dê conta da crise política e econômica. Mesmo entre os figurões do mercado financeiro, reduto que rendeu o maior entusiasmo ao presidente até aqui, diz-se que o ‘inferno astral’ está em curso”, especulou neste domingo. Já na sexta-feira (2), ela informou: “Henrique Meirelles tornou a virar alvo de críticas… Uma frase resume o sentimento em Brasília: ‘A equipe dos sonhos não está conseguindo entregar os sonhos da equipe’”.
Ainda segundo a notinha, “os palacianos estão frustrados. Esperavam que a estabilização da economia tivesse se confirmado agora. Para o mercado, enquanto houver forte desarranjo institucional – Ministério Público brigando com Legislativo; Legislativo em guerra com Judiciário; Judiciário às turras com Executivo – os investimentos de longo prazo não chegarão”. Para evitar o desmoronamento do covil golpista, a mídia rentista e os abutres financeiros pedem mais pressa nas “medidas amargas” – principalmente com a proposta da reforma da Previdência Social. Isto apesar de temerem que tais “reformas” incendeiem o Brasil, atiçando a luta de classes. Haja adrenalina para os próximos meses.