O Supremo Tribunal Federal (STF) foi acionado nesta quarta-feira (5) por um grupo de deputados que pedem o impeachment do ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Segundo os deputados, com a medida o ministro pode perder o cargo por ter cometido atos incompatíveis com o decoro do cargo, “em razão da postura ofensiva e permeada de expressões de baixo calão em redes sociais e audiências realizadas na Câmara”.
A ação foi capitaneada pela deputada Tabata Amaral (PDT-SP). “São cidadãos que são xingados diariamente pelas redes sociais, mães de cidadãos, presidentes de outros países que são ofendidos e parlamentares que constantemente são desrespeitados quando ele vem a esta Casa”, disse.
Na análise dos deputados, Weintraub cometeu crime de responsabilidade por ter violado o princípio da eficiência na gestão pública. Os parlamentares citam como exemplo o fato de dele ter sido o único a não dar destino para a verba recuperada pela Lava Jato, como mostrou a Folha em janeiro.
“Ele negligenciou R$ 1 bilhão que foi conquistado pela Lava Jato, esse dinheiro foi perdido pelo ministério porque não conseguiram empenhar a tempo”, afirmou Felipe Rigoni (PSB-ES).
A crise envolvendo o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que teve falhas e notas divulgadas com erros, também foi citada no pedido. “Na condução do Enem, por uma série de desmandos, o Enem tem sérios problemas, que até hoje estão sendo verificados e que não foram resolvidos”, acrescentou Rigoni. As informações são da Folha de S.Paulo.