Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
O empresário Eike Batista procurou a Procuradoria-Geral da República espontaneamente em junho deste ano para entregar provas e documentos que comprovavam o pagamento de R$ 5 milhões feito pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima informou, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (22), que a 34ª fase da Operação Lava Jato é consequência do testemunho do controlador do Grupo X. Batizada de Arquivo X, a operação investiga contratos de construção de plataformas para exploração do Pré-sal. “Neste momento, ele [Eike] afirmou que houve pedido por parte de Guido Mantega, e isso depois foi operacionalizado por Mônica Santana. Houve contrato entre ela e a empresa estrangeira de Eike para justificar esse pagamento”, explicou Santos Lima. De acordo com o procurador, o empresário negou que o recurso tenha sido usado como propina, mas a proximidade de acontecimentos leva os investigadores a seguirem por essa linha de raciocínio. “O pedido de Mantega ocorreu em novembro de 2012, enquanto era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, e também aconteceu pouco antes da liberação do primeiro pagamento de valores relativo a essas obras em plataformas. A liberação foi em 29 de novembro”, acrescentou.