O mapeamento das áreas de risco de Lauro de Freitas está em fase final de atualização e deve ser concluído antes do período das chuvas intensas, que historicamente caem sobre o município entre os meses de abril e junho. O registro é um levantamento minucioso realizado pelos técnicos da Superintendência da Defesa Civil (SUDEC) do município que apresenta informações detalhadas de locais propícios a movimento de massas, enchentes, inundações e vulnerabilidade das ocupações.
De acordo com o superintendente da SUDEC, Tiago Max, foram identificados, com base em levantamento feito em 2019 pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM, 24 locais com probabilidade de ocorrência dos eventos classificados em alto ou muito risco.
“A partir da identificação dos problemas são sugeridas ações mitigatórias através de medidas estruturais (obras) e não estruturais (planos preventivos, remoções definitivas ou temporárias). Como medida preventiva, a Defesa Civil também realiza a colocação de lonas em encostas desprotegidas com risco de ocorrência de deslizamentos e orientações de procedimentos padrões a população”, relatou.
Tiago conta que, no início deste ano, todos os pontos críticos apontados no relatório da última chuva forte ocorrida em 2019 no município foram vistoriados. “O objetivo foi verificar o estado atual de cada local. Nós organizamos o mapa através de pontos georreferenciados em coordenadas UTM (Sirgas 2000) coletadas por meio de aplicativo GPS. Assim temos como verificar o local exato com informações precisas como escolas e postos de saúde que são próximos às áreas de risco e que podem servir para possíveis abrigos. Isso facilitará a criação de rotas, ou seja, o mapa auxilia no planejamento pré e pós-desastre”, disse.
Pluviômetros automáticos emitem alerta de chuva
Além do mapeamento dos pontos críticos, Lauro de Freitas conta com seis pluviômetros automáticos que auxiliam a prevenção de desastres meteorológicos. Os equipamentos estão instalados em locais estratégicos no município e emitem, em períodos de chuvas, dados acumulados a cada dez minutos.
“Os aparelhos têm o propósito de medir a quantidade e a intensidade da chuva, transmitindo dados dos acumulados em milímetros. Através desta detecção, é possível gerar alerta e estimular a prevenção em casos que possam deflagrar deslizamentos de terra, inundações e enxurradas”, explica Tiago. Esses dados são fornecidos pela rede de monitoramento de desastres do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN).
Além dos pluviômetros, Lauro de Freitas também conta com uma Estação Hidrológica, localizada na Avenida Santos Dumont, que tem o objetivo de monitorar o nível do Rio Ipitanga, da precipitação e fazer registros fotográficos em tempo real.
Defesa civil pode ser acionada 24h
O plantão de 24h da Defesa Civil pode ser acionado pelos telefones 199 ou 3288 -8628 (das 8h às 18h), ou através de e-mail defesacivil@laurodefreitas.ba.gov.br.
O órgão é responsável pelo monitoramento de áreas de risco, realização de vistorias, orientação técnica, colocação de lona plástica, capacitação de lideranças comunitárias, durante e depois do desastre com resposta e recuperação, vistoria técnica em áreas de desastres, informação sobre desastres, atendimento às famílias desabrigadas, recuperação de áreas atingidas.
Jornalista Giovanna Reyner
Foto Lucas Lins
ASCOM/PMLF
12/02/2021
www.laurodefreitas.ba.gov.br