Este segmento, que responde por 45% das avaliações positivas que Bolsonaro recebe, é formado por aqueles que acreditam em tudo o que Bolsonaro fala, negam a gravidade da pandemia e se posicionam contra a vacinação. Há um segundo grupo, que corresponde a 21% da população, equivalente a 31% das menções positivas, que se mostra favorável às vacinas contra a Covid-19 e ao distanciamento social. O terceiro grupo de apoio se concentra entre a população de menor renda e que é beneficiada pelo auxílio emergencial.
“Aqueles que prezam pelas normas sanitárias e elegeram Bolsonaro, mas não são tão fiéis, correm o risco de abandonar o barco. E quanto aos que se converteram devido ao auxílio emergencial, mas não votaram nele, o apoio é incerto, porque o benefício deve voltar com valor menor e por menos tempo”, disse o cientista político e professor da FGV, Marco Antonio Teixeira, em entrevista ao jornal O Globo.
O cientista político Eduardo Grin avalia que a pesquisa captou um crescimento do segmento antibolsonarista. “Cresce a rejeição na pandemia e um sentimento de antibolsonarismo. O eleitor “pendular”, mais moderado, vê que do outro lado tem outros candidatos, como o Lula e outros nomes no campo do centro”, avaliou.
Apesar do aumento da rejeição a Bolsonaro, 50% da população se mostra contrária a abertura de um processo de impeachment, contra 46% dos que dizem ser a favor da medida.