Sheila, proprietária da SS Mimos de Casa, faz ornamentação de mesa e encontrou na vizinha Ana uma cliente e amiga
A profissional da área de relações públicas Ana Carla Alves não precisa mais sair do condomínio em que mora, em Lauro de Freitas, para comprar pães, polpas de fruta, ovos, queijo, roupas e ornamentos de mesa. Isso porque muitos de seus vizinhos aproveitaram o momento de instabilidade econômica e desemprego para investir em um negócio próprio.
“É prático e confortável pela comodidade de estar perto de casa. Em geral, o custo-benefício é válido porque não há aluguel de um espaço nem despesas normais com funcionários. Eu acho bem bacana”, disse Ana Carla, sobre os micro e pequenos negócios de seus vizinhos de condomínio.
Por meio do comércio de vizinhança, ela se aproximou e fez amizade com muitas pessoas que via regularmente mas não tinha intimidade. “Além de ajudar na arrecadação financeira dessas pessoas, você cria um relacionamento, uma ligação depois da compra. Dá para descobrir coisas em comum”, explicou a relações-públicas.
Uma das amigas que ela fez durante as compras de produtos foi Sheila Sá, dona do micronegócio de ornamentação de mesas SS Mimos de Casa. “Eu sempre gostei de costura e comecei a postar nas redes sociais fotos das minhas mesas arrumadas. O pessoal deu um retorno legal e agora faço roupas de mesas, sousplat, guardanapos, toalhas de mesa e jogos americanos”, falou Sheila.
O sucesso do negócio contou com indicações dos vizinhos e amigos e também com postagens em redes sociais. Há algum tempo Sheila optou por formalizar a SS Mimos de Casa e tornar-se microempreendedora individual (MEI).
O bom atendimento e, decorrente disso, as boas indicações dos vizinhos e conhecidos também ajudaram no crescimento da Encantada Artes, empresa de decoração e personalização de festas da secretária-executiva Cláudia Mendes. “O relacionamento social conta muito. Por isso, o feedback do cliente é importantíssimo”, disse.
Outra coisa essencial, segundo ela, é investir em bons produtos e serviços. “Por mais que uma pessoa me conheça, se eu não tiver um ótimo trabalho, não vai dar certo”, afirmou Cláudia. Quando a demanda foi aumentando ela decidiu se profissionalizar por meio de cursos de atualização e também virando MEI.
Quando virar MEI
Gerente de atendimento individual do Sebrae-BA, Fernanda Gretz acredita que a melhor época para se tornar MEI é quando o empreendedor percebe que aquela atividade que ele está exercendo pode ser uma atividade diária, trazendo uma boa geração de renda.
Ela ressalta, ainda, que para o sucesso do negócio é importante “investir na capacitação técnica, que traz conhecimento sobre o produto e o serviço, e também na capacitação empresarial, que preza a gestão financeira e administrativa”.
Fonte: A Tarde