O Centro de Referência Estadual para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (CRE-TEA) realizou nesta segunda-feira, 9, uma capacitação de profissionais da rede de saúde de municípios do interior do estado. A ação faz parte dos objetivos principais do Centro para multiplicar o cuidar de pacientes com TEA.
A iniciativa, chamada de apoio matricial, faz parte do protocolo do núcleo de Ensino/Pesquisa do Centro e permite que o paciente autista possa ser tratado dentro do município em que mora. Na capacitação, os participantes aprendem as práticas assistenciais do CRE-TEA para replicarem nas cidades onde trabalham. Nesta edição, foram convidados 30 municípios.
A diretora técnica do CRE-TEA, a psiquiatra Márcia A. Pinho, explica que as oficinas de capacitação são realizadas uma vez ao mês. Outras duas já estão previstas para os dias 30 de março e 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
“O Centro cumpre a missão de ser multiplicador de boas práticas assistências para atenção integral à pessoa com TEA para os 417 municípios. É um articulador da Rede de Atenção à Saúde e das redes de atenção especializadas em saúde”, ressaltou.
Segundo Márcia, é necessário capacitar as equipes de saúde que atuam no Sistema Único de Saúde para trabalharem com pacientes autistas. “Para propiciar uma atenção integral e articulada na rede, é preciso que essa mesma rede conheça e aprenda a lidar com o transtorno do espectro autista”, acrescentou.
Para implementação do apoio matricial, segundo Márcia, foram propostas três fases: a primeira, já em funcionamento desde 2018, consiste em Oficinas de capacitação para profissionais da rede de atenção à saúde.
Na segunda, ocorreu a criação e execução do Inquérito para Municípios do Estado, disponível no site da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Com ele, objetiva-se detalhar informações da rede de saúde de cada município direcionando melhor a metodologia das oficinas. Ainda nessa segunda fase foi implantado o espaço virtual de aprendizado, cuja função é a educação permanente, não apenas dos profissionais de saúde dos municípios mas também da equipe técnica do centro.
“Em relação a terceira fase, estamos em processo de implantação da Telessaúde (teleconsultoria). Acreditamos que essa estratégia trará um impacto fundamental no alcance do Apoio Matricial no nosso estado. O autismo é uma doença crônica. A gente tem que trabalhar a sociedade, os seus estigmas, sensibilizá-la e inserir o autista nela. Ele faz parte da sociedade. Não pode ficar invisível”, frisou Márcia Pinho.
O CRE-TEA é uma unidade da Sesab, gerido pela Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil – entidade mantenedora do Hospital Martagão Gesteira.
Anderson Sotero
Assessor de Imprensa
Hospital Martagão Gesteira
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