Com a missão de garantir uma alimentação saudável a preços de baixo custo, a Cozinha Comunitária da Itinga completa três anos de funcionamento neste sábado (27), com a marca de mais de 109 mil refeições servidas. Devido à pandemia, não foi realizado um evento festivo, mas o equipamento serviu, nesta sexta-feira (26), um cardápio diferenciado, para celebrar a data.
Diariamente, são oferecidas 200 refeições no horário do almoço e 120 sopas no final da tarde. O equipamento é uma referência alimentar e social do município, disponibilizando um cardápio balanceado, com suco e sobremesa, por apenas R$2,00. No atual cenário de pandemia, o fluxo de comensais aumentou, em consequência do alto índice de desemprego, entre outras implicações sociais geradas pela Covid-19.
“Esse é um equipamento importantíssimo para a comunidade local. Aqui centena de famílias são acolhidas ao longo da semana. A gente fica muito feliz em dizer que Lauro de Freitas tem um dos maiores equipamentos dentro da segurança alimentar e nutricional de toda a região”, destaca o secretário Tito Coelho, ao anunciar a ampliação do atendimento.
“A partir de abril, estaremos reimplantando o café da manhã, um pleito da comunidade, e também ampliaremos o número de refeições. Serviremos 250 almoços por dia”.
De acordo com Márcia Fernandes, nutricionista que atua na Cozinha, a demanda cresceu, gerando filas. “Todo dia enche. Aumentar a quantidade de refeições vai atender a todos que estão passando por uma fase difícil. Tem pessoas que relatam ter apenas essa refeição no dia. Isso nos mobiliza e demonstra o quanto este serviço é importante”, relatou.
Frequentadora da Cozinha, desde a sua inauguração, Janete Santos, 24 anos, almoça no local todos os dias junto com as suas filhas. “Estou atualmente desempregada e aqui encontro boa variedade de alimentos e o preço é acessível. No mercado, está tudo muito caro. Eu não conseguiria oferecer tanta coisa boa para as minhas filhas. Sou muito grata. Aqui tenho comida, suco e até sobremesa”, comentou.
O aposentado Antônio dos Santos, 65 anos, morador do bairro da Itinga, também almoça diariamente na Cozinha Comunitária. “Eu venho aqui todos os dias. Desde que a cozinha foi inaugurada, é o local onde almoço. É uma ajuda enorme. Além de tudo, a comida é deliciosa e os funcionários nos recebem com muito carinho e atenção”, disse.
O equipamento está seguindo todos os protocolos de segurança adotados no município para evitar o contágio da Covid-19. O fluxo da entrada de pessoas está sendo controlado, garantindo o distanciamento físico. Além disso, estão à disposição dos comensais, pias e totens de álcool em gel, viabilizando a higienização das mãos. As mesas estão demarcadas com a devida distância e os funcionários atuam com luvas, máscaras e protetores faciais.
“A pandemia ainda não acabou. Temos que continuar o serviço, mas sempre atentos às medidas sanitárias. A Cozinha Comunitária é muito importante para o povo, pois facilita o acesso à refeição nutritiva e saborosa. Promove a garantia do direito humano à alimentação adequada por um preço acessível. Seguiremos empenhados nessa missão”, comentou Cláudio Lima, diretor do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (DESAN), vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMDESC).
A Cozinha funciona de segunda a sexta. Os almoços (R$ 2,00) são servidos das 12h às 14h, e as sopas (R$1,00), das 16h às 18h.
Linha do tempo
A Cozinha Comunitária da Itinga foi construída na primeira gestão da prefeita Moema Gramacho, com recursos do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O equipamento ficou parado até 2017, quando Moema reassumiu a Prefeitura. A estrutura desgastada, por atos de vandalismo, foi recuperada. Em março de 2018, a Cozinha foi oficialmente inaugurada, atendendo centenas de pessoas em vulnerabilidade social.
Além da Cozinha Comunitária da Itinga, Lauro de Freitas também mantém em pleno funcionamento o restaurante popular, que serve mais de 1,5 mil refeições por dia e o Banco de Alimentos. Esse equipamento arrecada doações e doa para instituições assistenciais.
Jornalista: Iana Silva
Foto Lucas Lins
ASCOM
27/03/2021