A capital baiana dispõe de 1.300 vagas para que pessoas em situação de vulnerabilidade social possam se tratar, caso sejam infectadas com o coronavírus. No Centro de Acolhimento montado no antigo prédio da EBDA, em Itapuã, as 300 primeiras vagas já estão prontas para serem ocupadas. Outras mil serão disponibilizadas no Rio Vermelho, no antigo prédio da Faculdade Ruy Barbosa, assim que a unidade de Itapuã se aproximar da lotação. As vagas são oferecidas por uma parceria entre as secretarias estaduais da Saúde (Sesab) e de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS).
Segundo a coordenadora dos Centros de Acolhimento e do Núcleo de Desospitalização da Sesab, Nay Wendy, para ocupar a vaga o paciente precisa testar positivo para o coronavirus e apresentar sintomas leves da doença. “Estamos fazendo uma triagem em busca dessas pessoas que testaram positivo e que estejam em vulnerabilidade social, moradores de rua ou que morem em comunidades carentes, em casas onde não seja possível ficar em isolamento. Essa análise para que a pessoa ocupe uma das vagas é feita nas unidades de pronto-atendimento, ou ainda por telefone, e nós mandamos a ambulância buscar”. O serviço é voltado para residentes na Região Metropolitana de Salvador.
Nay Wendy informa que, quem ficar nos centros, terá o acompanhamento de uma equipe multiprofissional, com médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, além de alimentação. “Esses centros são muito importantes porque nós estamos combatendo a disseminação em massa. Quando esse vírus chega a lugares onde as pessoas vivem em situação de vulnerabilidade social, sem as condições ideais de higiene, sem saneamento básico, ele se espalha de forma muito mais rápida”.
Repórter: Raul Rodrigues
Fotos: Mateus Pereira/ GOVBA