Em um comunicado global divulgado nesta quarta-feira (30/6), a farmacêutica indiana Bharat Biotech, responsável pela Covaxin, disse que o Brasil contou com condições melhores do que outras nações para a compra do imunizante. O Ministério da Saúde prometeu desfazer o contrato de importação após as supostas irregularidades que ocorreram no contrato.
A empresa alega que a parceria com a Precisa Medicamentos segue o mesmo modelo adotado em todos os países onde suas vacinas são fornecidas e nos quais não possui escritórios próprios. A compra por meio desse intermediário é um dos pontos contraditórios do contrato, que foram discutidos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Em relação aos preços ofertados no Brasil, a fabricante da Covaxin alega que, ao contrário das negociações já efetivadas em outros países, não recebeu do governo brasileiro nenhuma antecipação de pagamento. E o valor de US$ 15 ofertado ao Brasil, que seria 1000% maior do que o oferecido anteriormente, é inferior ao praticado em outros mercados, segundo a empresa. A faixa de preços globais da companhia seria entre US$ 15 e US 20.
Em relação ao pagamento dos imunizantes, a farmacêutica acrescenta que a Madison Biotech é integrante da Bharat Biotech e foi criada com o propósito de Pesquisa & Desenvolvimento externo, vendas e marketing de vacinas globalmente. A Covaxin já recebeu autorização de uso de emergência em 16 países e tem acordos em andamento com outros 50 países, além de já ter sido exportada para diferentes nações.