Editorial do site Vermelho:
Bolívar lançou uma estrela que junto a Martí brilhou e Fidel a dignificou para andar por estas terras.
Impossível não recordar estes versos, da Canção para a unidade latino-americana, no momento em que Fidel Castro se despede da vida.
Neles o compositor Pablo Milanês colocou, com felicidade, na mesma linha histórica, três gigantes da luta pela liberdade em nossas terras: Bolivar, José Martí e Fidel Castro.
Tristeza e consternação – estas palavras indicam o sentimento provocado pelo fim de uma vida longa dedicada à construção de um mundo novo, de justiça, liberdade e igualdade.
A luta de Fidel Castro começou faz mais de meio século, quando era ainda estudante e se engajou na batalha que nunca abandonou. Aos 90 anos de idade, deixa a vida mantendo o mesmo empenho e ímpeto revolucionário que abraçou quando jovem.
Mesmo seus detratores são obrigados a reconhecer a importância da luta popular e libertadora que dirigiu desde a década de 1950, deixando um exemplo histórico a ser seguido pelos revolucionários.
O jornal The New York Times, em sua edição deste sábado (26), por exemplo, diz ter sido “muito mais que a repressão e o medo” o que manteve Fidel Castro e a revolução no poder. Para multidões, reconhece o diário novaiorquino, ele foi “um herói revolucionário para a posteridade”, tendo sido talvez “o líder mais importante da América Latina desde as guerras da independência do início do século 19”.
Afastado do exercício do governo em 2008, Fidel Castro comandou uma transição vitoriosa do poder revolucionário em Cuba. Sua atuação, desde então, foi sobretudo ideológica, no combate ao imperialismo, em defesa da soberania nacional, da revolução em Cuba e no mundo, em busca de um mundo mais justo para todos, um mundo onde as mazelas do capitalismo sejam superadas.
Ele se afasta do cenário neste momento mas permanece em seu exemplo e suas ideias, que vencerão!
Comandante Fidel Castro, presente!