Em 3 horas, com a queda global de todos os serviços do Facebook, incluindo Instagram e WhatsApp, o CEO e cofundador da rede social Mark Zuckerberg perdeu US$ 7 bilhões. Com o prejuízo, a fortuna de Zuckerberg se desvalorizou e o presidente da plataforma caiu na lista de pessoas mais ricas no mundo, segundo a Bloomberg. Nesta segunda-feira (4), todos os apps do grupo controlados pela empresa caíram, e as ações da companhia na Nasdaq tiveram queda de 4,89%.
Desde setembro, ação do Facebook despencou 15%
Não bastasse a colapso de hoje no Facebook, Instagram e WhatsApp, a companhia sob comando de Mark Zuckerberg vem enfrentando um escândalo interno, o que refletiu nos papéis da companhia em setembro: eles registraram uma desvalorização de mais ou menos 15%.
Mas a queda das ações da companhia nesta segunda-feira fez com que a fortuna de Zuckerberg caísse para US$ 120,9 bilhões. Em seu pior momento registrado hoje, os papéis do Facebook na bolsa americana Nasdaq caíram de US$ 339,80 para US$ 323,50, três horas depois do início do pregão. Ao final do dia com o encerramento das atividades, a ação do Facebook fechou em US$ 326,23.
Isso provocou a queda do fundador da rede social no ranking de mais ricos do mundo. Ele chegou a ficar atrás de Bill Gates, fundador da Microsoft, que é o quinto colocado no ranking Índice de Bilionários da Bloomberg. Mas já recuperou a posição e agora está no quarto lugar.
Desde o dia 13 de setembro, Zuckerberg perdeu US$ 19 bilhões. Foi nesse dia em que o Wall Street Journal publicou uma série de documentos internos revelando que o Facebook tem um programa de cross check, ou “XCheck”, que privilegia contas de personalidades e pessoas proeminentes, isentando-as de uma moderação mais dura. Além disso, o vazamento trouxe uma apresentação interna que revelava a comprovação de que o Instagram é tóxico e tem impacto negativo sobre garotas adolescentes. O Facebook sabia disso e não fez nada em resposta.
Delatora sobre Facebook: “lucro acima do bem-público”
A queda de Facebook, Instagram e WhatsApp acontece um dia antes da delatora do escândalo, Frances Haugen, depor ao Senado americano sobre suas descobertas. Recentemente, Haugen falou ao programa 60 Minutes, da CNN americana, que o Facebook resolveu “priorizar o lucro acima do bem público”.
Em resposta ao escândalo, o Facebook afirma que questões complexas da sociedade, como a polarização e a divisão política, não são causadas apenas pela tecnologia.
“Acho que as pessoas ficam confortáveis em assumir que deve haver uma explicação tecnológica ou técnica que para a polarização política nos Estados Unidos”, disse Nick Clegg, vice-presidente de Assuntos Globais do Facebook, à CNN