O que você faria se tivesse que decidir entre o sustento de casa e a saúde do seu filho?
Esse foi o dilema vivido por Cristiane Santos Soares, residente da Capelinha, na comunidade de São Caetano. Ela mora próximo a uma encosta e convive com o perigo diário de deslizamento de terra. Em períodos de chuva, essa preocupação aumenta. Quando o alarme soa, sua família é obrigada a sair de casa para um abrigo local.
Cristiane divide o lar com o filho e a irmã e trabalha como doméstica para garantir o sustento de casa, além de receber um auxílio emergencial do governo. O crescimento progressivo dos casos de Covid-19 na região afetou a vida de centenas de donas de casa como ela.
Para preservar a própria saúde e não colocar em risco o bem-estar do filho e da irmã, está em casa. Perdeu o emprego e, consequentemente, sua renda.
“Estava trabalhando e ganhava cem reais por mês. Só que eu tenho diabetes, minha irmã tem hipertensão e meu filho tem asma. Não pude ir mais para o trabalho porque tinha que levar ele, então deixei de ir. Minha patroa não entendeu, ela queria que eu olhasse o filho dela e não cuidasse do meu. Se levo, estou colocando ele em risco”, contou.
Neste momento desafiador, Cristiane pôde contar, mais uma vez, com o amparo da Legião da Boa Vontade.
Com o apoio da Associação Beneficente e Cultural Fé e Vida e da Liderança Comunitária da Capelinha, recebeu da LBV uma cesta de alimentos não perecíveis.
“Emoção [em receber a cesta], porque sei que meu filho vai ter o alimento no prato. Não vou precisar pedir a um e outro e ouvir o povo dizendo que não vai poder dar por causa da epidemia. Tendo minha cesta de alimentos, sei que não vai precisar pedir, pois vou ter a comida para dar a meu filho.”
Graças à sua ajuda, amigo colaborador e amiga colaboradora, mais uma família não vai precisar se preocupar com a fome.