27.01.2022
Especialista aponta tendência de crescimento da modalidade cirúrgica na pediatria
Entre os mais de 500 pacientes do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR) submetidos ao tratamento minimamente invasivo auxiliado por robô em Salvador, 20 são crianças que se beneficiaram dos diferenciais da modalidade cirúrgica, tais como menor risco de sangramento, infecção e dor; recuperação mais rápida e menor tempo de internação. Como a tecnologia representa um dos maiores avanços da medicina contemporânea, muitos pais têm buscado informações sobre a cirurgia robótica, atualmente realizada em três grandes hospitais da capital baiana. A tendência natural, acreditam especialistas, é que na pediatria, como já acontece entre os adultos, a técnica robótica seja utilizada com frequência cada vez maior.
Um dos pequenos pacientes submetidos à cirurgia robô-assistida em Salvador foi Cauã Calasans (4), que precisou ser operado durante tratamento de uma anomalia congênita chamada de hidronefrose neonatal. A administradora Mariana Calasans (36), sua mãe, descobriu a doença antes mesmo do nascimento de Cauã. A pediatra consultada após o parto acreditava que a doença poderia regredir naturalmente após o nascimento, mas quando o menino completou três anos de idade, uma ultrassonografia de rotina revelou que a dilatação dos seus rins tinha evoluído do grau um para o três. Após consulta com urologista pediátrico e realização de diversos exames, o especialista explicou que uma cirurgia seria necessária.
Ao se informar sobre os diferenciais da cirurgia robótica, a família de Cauã optou pelo procedimento, que durou cerca de uma hora. O menino teve alta no dia seguinte. Segundo o urologista pediátrico diretor do núcleo de urologia do IBCR, Leonardo Calazans, quando os pais ficam sabendo das vantagens que a cirurgia robótica pode proporcionar aos filhos que precisam ser operados, acabam optando pela modalidade cirúrgica minimamente invasiva. “O avanço exponencial da tecnologia no mundo inteiro, acompanhado no Brasil e na Bahia, sem dúvida alguma incluirá a pediatria”, declarou o cirurgião.
O especialista disse, ainda, que a velocidade com que a técnica robótica tem evoluído “assusta” até os profissionais mais atualizados e experientes. “Não tenho dúvida de que a cirurgia pediátrica por via robótica se tornará uma realidade cada vez mais factível em todos os lugares onde a plataforma robótica estiver disponível”, frisou. A expectativa dos cirurgiões do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR) é que a tecnologia se expanda cada vez mais no estado da Bahia.
Para ampliar o conhecimento sobre a tecnologia e torná-la acessível ao maior número possível de pacientes, o IBCR oferece proctorias voltadas para a qualificação, orientação e suporte de médicos interessados em operar com o auxílio do robô. A ferramenta tecnológica, utilizada principalmente no tratamento de diversos tipos de câncer, funciona através de um console, espécie de joystick com uma série de recursos que incluem a visão tridimensional (3D) e mais nítida, ampliada em 10 vezes quando comparada à cirurgia convencional aberta. Outro diferencial da cirurgia robótica é o filtro de tremor das mãos do cirurgião, responsável pela maior precisão durante o procedimento. Outras informações estão disponíveis no site www.ibcr.com.br.
Assessoria de Comunicação:
Cinthya Brandão (71) 9964-5552
Sugestão de entrevista:
Dr. Leonardo Calazans
Urologista geral e pediátrico
Preceptor de urologia das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) e do Hospital Estadual da Criança
Diretor do Núcleo de Urologia do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR)