O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, afirmou nesta quarta-feira (9) que cerca de 52 milhões de brasileiros entram nos quatro grupos prioritários para receber a vacina contra a covid-19.
Ele participou de uma reunião técnica da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 da Câmara dos Deputados, onde respondeu a questionamentos acerca das imunizações nesta pandemia.
O plano esboçado pelo Ministério da Saúde, divulgado na semana passada, é dividido em quatro fases, com grupos considerados de risco:
• Fase 1: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.
• Fase 2: pessoas de 60 a 74 anos.
• Fase 3: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras).
• Fase 4: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
No entanto, nesta quarta-feira, o ministério afirmou que excluiu presos do grupo prioritário.
Medeiros disse que na primeira fase, devem ser imunizadas em torno de 14 milhões de pessoas; na segunda, 21 milhões; na terceira, 12 milhões; e na quarta fase, entre 4 milhões e 5 milhões.
Ele acrescentou que, em muitos casos, esses grupos se sobrepõem. “Se eu tenho 60 anos e sou hipertenso, não vou contar duas vezes, já entro no grupo pela idade.”
O plano definitivo está sendo revisado, segundo o secretário, mas deve ser apresentado “na próxima semana”.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tinha, em 2019, cerca de 161 milhões de pessoas acima de 18 anos.
Desta forma, o quantitativo de adultos e idosos imunizados nas primeiras quatro fases estabelecidas pelo governo representaria um terço deste universo.
Vacinas
A expectativa, até o momento, envolve as vacinas já contratadas da farmacêutica AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford.
Segundo as previsões do ministério, cerca de 100 milhões de doses estarão disponíveis ainda no primeiro semestre de 2021.
A partir do segundo semestre, a Fiocruz terá condições de fabricar, em Bio-Manguinhos, um adicional de 80 milhões de doses, disse Medeiros.
A depender do esquema de dosagem — há uma revisão dos estudos para estabelecer qual será mais adequada —, esse quantitativo seria suficiente para vacinar ao menos 50 milhões.
O Ministério da Saúde também tem uma cota de 42 milhões de doses do consórcio internacional Covax Facility, encabeçado pela Organização Mundial da Saúde.
Isto habilita o Brasil a comprar uma das nove vacinas disponíveis no portfólio. Dentre elas, estão duas que devem ser liberadas em breve: AstraZeneca/Oxford e Moderna.
O Ministério da Saúde também tem uma cota de 42 milhões de doses do consórcio internacional Covax Facility, encabeçado pela Organização Mundial da Saúde.
Isto habilita o Brasil a comprar uma das nove vacinas disponíveis no portfólio. Dentre elas, estão duas que devem ser liberadas em breve: AstraZeneca/Oxford e Moderna.
Além disso, um memorando de entendimento para aquisição de doses da vacina da Pfizer/BioNTech, já aprovada no Reino Unido e Canadá, deve ser assinado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, entre hoje e amanhã.
O presidente-executivo da Pfizer Brasil, Carlos Murillo, afirmou na terça-feira (8), durante audiência no Congresso, que a gigante farmacêutica poderia disponibilizar imunizantes já em janeiro. A quantidade ainda não ficou definida