Carlos Lupi (foto), presidente nacional do PDT, desembarca hoje em Salvador com pauta específica: definir se o partido fica ou não com Bruno Reis (DEM), o candidato de ACM Neto a prefeito de Salvador.
Se o partido topar, indica o vice de Bruno. E aí cria um fato político: se no plano estadual o PDT é aliado do governo, Rui Costa vai aceitar ou reagir? No plano federal, partidos como PP e PL são aliados de Bolsonaro lá e dele cá. No municipal também será assim ou não?
O detalhe é que Lupi está empenhado mesmo é em turbinar a candidatura presidencial de Ciro Gomes em 2022, pouco liga para as questões locais. Mas elas existem também cá.
Fala, Félix
O deputado federal Félix Mendonça Jr., presidente do PDT na Bahia, diz que a possibilidade de uma aliança com ACM Neto agora não quer dizer atrelamento automático com ACM Neto para 2022.
— Lupi firmou esse compromisso comigo. 2020 é 2020. 2022 é outra conversa.
E Rui Costa, como fica?
— Espero que ele entenda, como faz com alguns aliados no plano federal. Nós temos uma aliança pelo apoio dado em 2018. Temos um compromisso com a governança, mas também isso não é atrelamento automático.
Em suma, embora o atrelamento entre Bruno Reis e o PDT ainda esteja em fase de namoro, pode dar em noivado a partir de hoje, e em casamento logo. E como em todo casamento, o futuro a Deus pertence.
Mulher, a preferência
Os coligados de ACM Neto que costuram as alianças em torno da candidatura de Bruno Reis dizem que alguns aspectos estão sendo levados em conta na escolha do vice. E o principal deles: uma mulher na chapa é fundamental.
A questão é que, além de contemplar as mulheres, há uma questão legal que influencia esse caminho: 30% das verbas da propaganda eleitoral têm que ser destinadas ao sexo feminino. Ou seja, a chapa ideal é um casal.