Eu tiro o chapéu para os editores da Veja.
Compreendem perfeitamente que a revista que editam é apenas um panfleto, um cartazete a ficar exibido por uma semana nas bancas de jornal.
Tanto é assim que, com o escândalo do dinheiro pedido por Michel Temer e entregue a seu “psicoterapeuta político” José Yunes (e daí ser parcialmente repassado a Eduardo Cunha), denunciado por um ex-dirigente da Odebrecht e ao qual ela mesma diz ter tido integral acesso sua capa não contém nem a imagem nem o nome do indigitado “pedidor de dinheiro” palaciano.
A revista que já publicou retratos “demoníacos” de Lula e Dilma e botou o ex-presidente vestido de presidiário na capa não deu nada que personificasse o escândalo a não ser lá nas páginas internas, fazendo silêncio absoluto para seus “leitores” mais numerosos, os que dão de cara com esta abjeção impressa nas bancas, mercados e, semana que vem, já meio “desbeiçada” na sala de espera do dentista.
Convenhamos, é feita por gente muito capaz na arte de não ter caráter.