A aprovação do Auxílio Emergencial foi uma conquista dos partidos de oposição ao desgoverno. Se fosse por Bolsonaro e Paulo Guedes, o benefício seria de R$ 200,00. Vencida a primeira batalha, começou a luta para implantação e pagamento do auxílio. Depois de toda demora em assistir o povo passando necessidade, vieram as filas da vergonha.
Na mentalidade dessa gente atrasada, o Auxílio Emergencial não é um direito adquirido, o ranço patronal acredita que essa ação vital é uma esmola ou caridade aos cidadãos brasileiros. Por isso, relativizam as filas e aglomerações em tempos de pandemia.
As dificuldades impostas às pessoas que precisam dessa renda chegam a ser humilhantes. Gente dormindo nas calçadas, pessoas brigando por lugar na fila e certamente se expondo ao risco eminente do coronavírus.
Tenho minhas dúvidas se todo esse caos não é proposital para as pessoas se contaminarem pelo Covid-19 ou se realmente é incompetência do desgoverno em criar um fluxo de pagamento compatível com as dimensões do Brasil. Na dúvida, ficamos com as duas opções.
Bolsonaro poderia distribuir o fluxo de pagamento na Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e bancos estaduais, onde eles ainda existem. A cegueira misturada com a ruindade é tanta que esse dinheiro, além de matar a fome das pessoas, gera o inadiável suspiro na economia que respira por aparelhos.
A impressão é que regredimos à Idade Média em pleno Século XXI.
Que haja renascimento depois das trevas!
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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