Os estrategistas do governo e da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) estudam levar ataques à mulher do ex-presidente Lula (PT), a socióloga Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja, para a televisão. A ideia é explorar imagens que aproximam a socióloga a religiões de matriz africana, de acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
As inserções nos programas de TV e rádio, que começarão a ser veiculados a partir do dia 16 de agosto, teriam o potencial de afetar negativamente o eleitorado evangélico, especialmente as mulheres.
Nas redes sociais, Janja aparece em fotografias e vídeos que a mostram como uma mulher moderna, alegre, independente, desinibida e engajada politicamente. Em várias ocasiões, ela aparece cantando, dançando e interagindo com eleitores do petista. Uma imagem dela, em especial, caiu “como uma bomba” no grupo mais próximo do presidente, segundo um de seus integrantes relatou à coluna.
É a fotografia em que Janja aparece de branco ao lado de imagens como a de Xangô, um dos orixás da Umbanda e do Canbomblé. Ao postar a imagem no Twitter, ela escreveu: “Saudades de vestir branco e girar, girar, girar…”.
Integrantes do governo acreditam que a imagem tem o potencial de desgastar Lula no eleitorado evangélico —muitos religiosos não vêem com bons olhos as religiões de matriz africana.
A ideia em estudo entre estrategistas de Bolsonaro é levar as imagens de Janja e de Lula à televisão para ampliar seu alcance. Elas já estão sendo disseminadas em redes sociais. Tirar votos de Lula entre as mulheres evangélicas virou prioridade absoluta da coordenação da campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL