Em 12 junho, Dia de Conscientização da Cardiopatia Congênita, a coordenadora do serviço de cardiologia pediátrica do Martagão Gesteira, a cardiopediatra Mila Simões, alerta para a importância do diagnóstico precoce. Quanto mais cedo for identificado os problemas cardíacos na infância, mais chances de cura ou sobrevida.
As cardiopatias congênitas são todas as malformações na estrutura do coração, que já nascem com a criança. Há mais de 200 delas descritas na literatura médica e nem todas necessitam de intervenção cirúrgica.
A cardiopediatra explica que o diagnóstico precoce é o que poderá viabilizar que a criança tenha o tratamento adequado. “Todas as gestantes deveriam fazer um ecocardiograma fetal. Ele identifica, ainda intra-útero, cerca de 95% das cardiopatias congênitas críticas. Através do diagnóstico, o bebê poderá nascer em um hospital especializado, com a equipe de cardiologia pediátrica disponível na sala de parto, que já vai saber como conduzir esse bebê cardiopata”, ressalta.
Outro exame importante, acrescenta a médica, é o teste do coraçãozinho, que deve ser feito em todas a maternidades entre 24 e 48 horas após o nascimento do bebê. Ele identifica 75% das cardiopatias congênitas graves neonatais.
“Além dos exames, há alguns sintomas de alerta das cardiopatias. Primeiramente, é necessário sempre manter o acompanhamento com o pediatra. Em seguida, observar aspectos como a dificuldade de ganhar peso, cansaço ao mamar, ficar com extremidades roxas e o sopro na ausculta do médico”, destaca a cardiopediatra.
Serviço – Em 2021, o Martagão foi responsável por quase a metade (40%) das cirurgias cardíacas realizadas na rede pública de saúde do estado. O Hospital dispõe de três equipes de cirurgia cardíaca, opera cinco turnos por semana, com dois turnos de cateterismo, dez turnos de ecocardiograma e sete turnos de ambulatório.
Anderson Sotero
Assessor de Imprensa
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