7 de abril de 2025
Chicago 12, Melborne City, USA
Comportamento

Brasil vive epidemia de estupros de crianças, com violência ocorrendo na própria casa das vítimas

Uma verdadeira epidemia de estupros de crianças, com as vítimas sofrendo a violação principalmente dentro de suas próprias casas. Assim pode ser resumido o drama da violência sexual no Brasil, exposto pelos números apresentados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado nesta quinta-feira (20).

 

De acordo com o documento, o Brasil teve no ano de 2022 o maior número de estupros em sua história: 74.930 casos relatados de violência sexual, número 8,2% maior do que o verificado em 2021. As vítimas são primordialmente do sexo feminino (88,7%, contra 11,3% de casos envolvendo pessoas do sexo masculino).

 

O dado mais assombroso obtido no levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que 61,4% das vítimas dos estupros no País são crianças de 13 anos para baixo. Em 10,4% dos casos, as vítimas foram crianças de 0 a 4 anos. E a grande maioria desses abusos, segundo o Anuário, ocorrem na residência das vítimas. Um total de 68,3% dos registros mostra que o crime foi cometido na residência das vítimas, e 9,4%, em vias públicas. 

 

Um outro dado inquietante revela que, nos casos que envolveram crianças de 0 a 13 anos, 86,1% dos estupros foram cometidos por pessoas conhecidas pelas vítimas. E pior: 64,4% são familiares das crianças estupradas. Em relação às vítimas de 14 anos para mais, 77,2% dos casos de violência sexual foram cometidos por pessoas conhecidas, sendo que 24,3% das ocorrências foram de autoria de parceiros ou ex-parceiros íntimos. 

 

Dos estupros registrados com autoria, 44,4% foram cometidos por pais ou padrastos; 7,4% por avós; 7,7% por tios; 3,8% por primos; 3,4% por irmãos; e 4,8% por outros familiares. Importante registrar que 1,8% dos casos apontam a mãe ou madrasta como autora da violência. Um dado novo que chama a atenção no estudo é que 6,7% dos registros apontam vizinhos como autores da violência e há 29 registros contra professores. 

 

Em relação ao horário em que os crimes de origem sexual são cometidos, em 65% dos casos que envolvem menores de 13 anos, a violência ocorre das 6h às 18h, enquanto nos que envolvem maiores de 14 anos, 53,3% ocorreram entre 18h e 6h. Há claramente a prevalência de estupros diurnos no caso de menores de 13 anos e noturnos nos de maiores de 14 anos.

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