O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (27) que há 132 casos suspeitos de coronavírus no Brasil. Há ainda outras 213 notificações que não ainda analisadas pela equipe do ministério. Na quarta-feira (26), o governo confirmou o primeiro caso positivo de coronavírus no Brasil. Trata-se de um homem que mora em São Paulo, tem 61 anos, e veio da Itália.
No novo boletim, nenhum outro caso foi confirmado. Mas o número de novas suspeitas alcançou o maior número desde o início do monitoramento. Na quarta, eram 20 casos suspeitos.
De acordo com o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, os técnicos não tiveram tempo para analisar todas as notificações recebidas das secretarias estaduais de saúde e, por isso, o número de casos suspeitos é potencialmente maior do que os 132 que constam no relatório. O secretário-executivo chegou a falar em cerca de 300 casos.
Gabbardo explicou que, entre os 132 em análise, dois casos já foram testados para vírus respiratórios comuns e apresentaram resultado negativo. Agora, eles passam por análise específica para o coronavírus.
Entre os suspeitos, 121 têm histórico de viagem para países com transmissão da doença, outros 8 pacientes tiveram contato com casos suspeitos e três são contatos do paciente de 61 anos já confirmado com Covid-19.
Casos suspeitos por estados
Pelo país, os casos suspeitos estão distribuídos da seguinte forma: São Paulo (55), Rio de Janeiro (9), Minas Gerais (5), Santa Catarina (8), Rio Grande do Sul (24), Paraná (5), Distrito Federal (5), Goiás (3), Matro Grosso do Sul (2), Alagoas (1), Bahia (1), Ceará (5), Paraíba (1), Pernambuco (3) e Rio Grande do Norte (4).
Vacinação antecipada
Ainda nesta tarde, em São Paulo, o governo federal anunciou que vai antecipar a campanha de vacinação para 23 de março. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com a vacina da gripe, os pacientes que chegarem às unidades de saúde com sintomas gripais e informarem que tomaram a vacina irão facilitar o diagnóstico do coronavírus, já que as doenças contempladas na vacina não serão consideradas.
Ela é uma campanha nacional e nós definimos que, nós trabalharemos para o dia 23 de março. Antecipando em 23 dias a data prevista original para essa campanha”, disse Mandetta.
“Por que fazer a campanha? Por que recomendar a vacina? Se essa vacina, ela me dá cobertura, ela deixa o sistema imunológico do indivíduo de 80%, daqueles que tomam a vacina, protegidos contra essas cepas de influência, essas cepas virais que estão circulando que são milhares de vezes mais comuns que o corona vírus, para um eventual profissional de saúde, um médico, na hora que um indivíduo um mês depois, dois meses depois, se ele tem um quadro gripal ele informa que foi vacinado ele auxilia muito o raciocínio desse profissional para pensar na possibilidade de outras viroses, que não aquelas que são cobertas pela vacina”, disse o ministro.