O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou a apoiadores, ao chegar ao Palácio da Alvorada, que Lula (PT) não ficará elegível para ser candidato à Presidência em 2022.
A afirmação aconteceu na última terça-feira (16/3), quando o chefe do Executivo Nacional respondia a um simpatizante que havia dito querer ver um debate dele com o fundador do PT. “Ele não vai ficar elegível, não. Acho que não”, disse o presidente.
Para outro apoiador, Bolsonaro até fez uma comparação entre sua gestão e a do partido do oponente. “Imagina se tivesse o PT no meu lugar aqui, como estaria o Brasil”.
Lula ficou elegível após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, ter anulado os julgamentos e condenações do ex-presidente realizados pela Justiça Federal de Curitiba. O magistrado, então, redirecionou as ações penais para o Distrito Federal. Mesmo assim, a análise da decisão será realizada pelos outros integrantes do STF, que podem derrubar a ideia de Fachin. Isso, porém, ainda não tem data para acontecer.
Apesar de ter suas condenações anuladas, Lula ainda está com os seus bens bloqueados pela justiça. O juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Luiz Antonio Bonat, enviou os processos do ex-presidente à Justiça Federal do Distrito Federal, mas manteve o bloqueio de bens do político. Para justificar a decisão, Bonat disse que apenas os processos deveriam ser remetidos, não medidas cautelares adotadas ao longo das ações.
Por outro lado, Bolsonaro, ainda que se considere uma alternativa, para o país, melhor que o petista, para o atual momento, tem o seu maior índice de rejeição, junto à popuação brasileira, desde o início da pandemia da Covid-19. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgado na quarta-feira (17/3) pelo jornal Folha de São Paulo, revelou que 54% dos brasileiros avaliam a sua atuação como “ruim ou péssima”.