Beirute ainda contabiliza o tamanho da tragédia provocada pela megaexplosão que destruiu a área portuária e o centro da capital do Líbano na terça-feira (4). De acordo com o governo local, 300 mil pessoas estão desabrigadas após terem suas casas destruídas pelo impacto da detonação. As autoridades também confirmam que há 100 desaparecidos.
No início da manhã, autoridades libanesas e a Cruz Vermelha haviam contabilizado mais de 100 mortos e 4 mil feridos pelo impacto da explosão, estilhaços de vidro e desabamentos. Centenas de prédios foram destruídos num raio de até 2 quilômetros de distância do porto.
Em declarações aos meios de comunicação local, governador de Beirute, Maruan Abboud, que os danos em Beirute são enormes, em torno de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15,9 bilhões) ou US$ 5 bilhões (cerca de R$ 26,5 bilhões).
A deflagração provocou uma enorme onda de choque que afetou milhares de casas e edifícios, destruindo vidro e paredes, levando grande parte da população daquela área da cidade a procurar abrigo em outro lugar.
O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou em uma reunião com o presidente da República, Michel Aoun, que um carregamento desprotegido de nitrato de amônio de 2.750 toneladas foi a causa da tragédia, embora os motivos que levaram à explosão do fertilizante sejam desconhecidas.
Hoje é o primeiro dia de luto nacional decretado no país, em estado de emergência por duas semanas.
O Conselho Supremo de Defesa libanês declarou ontem Beirute como uma “zona catastrófica”.