Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander aumentaram os valores das tarifas avulsas e pacotes de serviços bem acima da inflação entre novembro de 2016 e outubro deste ano.
Não é em vão que os cinco maiores bancos do país lucraram, juntos, R$ 49,4 bilhões somente nos nove primeiros meses de 2017, bem superior aos R$ 45 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
A pesquisa do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) constatou que entre os 58 pacotes de tarifas oferecidos pelas empresas, 50 subiram de valor. A Caixa teve o maior reajuste com o pacote convencional, passando de R$ 25,10 para R$ 44,90, alta de 78,88%. A correção dos serviços pesquisados ficou em média 12,6%. Ou seja, 4,6 vezes a inflação do período, que foi de 2,70%. O reajuste médio sobre as tarifas avulsas do BB foi de 10,07%, no Bradesco 5,12%, na Caixa 14,56%, no Itaú 4,87% e no Santander 3,10%.
Com tanto aumento, fica claro saber de onde vêm os altos lucros apresentados todos os anos. É evidente que o dinheiro não é direcionado para melhorias no ambiente de trabalho, segurança e em melhor atendimento para os clientes. Na verdade, os bancos demitem funcionários e fecham agências.
O Sindicato dos Bancários da Bahia lembra que o Banco Central deveria ser um órgão fiscalizador para coibir aumentos abusivos das tarifas. No entanto, os bancos atuam sem controle e penalizam os consumidores. “Denunciamos a prática e pedimos o apoio da população para acabar com os abusos. Para se ter ideia, as tarifas pagam toda folha salarial dos bancos e ainda sobra dinheiro”, destaca o presidente da entidade, Augusto Vasconcelos.