A lei é clara. As agências bancárias devem prestar atendimento ao público de segunda à sexta-feira. Mas, o Santander ignora a legislação brasileira e, pelo segundo sábado consecutivo, tentou abrir 29 unidades em todo o país, uma em Salvador, para dar orientação financeira aos clientes. Detalhe: os próprios funcionários prestam o serviço ‘voluntário’. Em outras palavras, de graça.
“O banco desconsidera até a segurança de bancários e clientes, já que no fim de semana a circulação de pessoas reduz e os locais ficam mais expostos às ações das quadrilhas especializadas”. Quem faz o alerta é o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos. Diante do desrespeito, os diretores da entidade realizam manifestações na agência Pituba todos os sábados.
No próximo, mais uma vez, vão à unidade conversar com funcionários e correntistas sobre os perigos da iniciativa do Santander. Além de infringir a legislação brasileira, o banco também deixa os funcionários na mão, na hora das compras e da refeição. Mudou os vales alimentação e refeição, sem antes credenciar os estabelecimentos.
Como previsível, os problemas são inúmeros. Em Salvador, muitos estabelecimentos constam como cadastrados, mas, na hora de usar o benefício, o bancário descobre que não, e passa vergonha. O comércio local, de bairro, utilizado por milhares de pessoas que, na correria do dia a dia, não têm tempo de se deslocar para mercados de grande porte também ficou de lado. E se na capital está ruim, no interior, a situação é pior, porque o número de locais credenciados é infinitamente menor.
Para protestar contra a mudança, o Sindicato fez manifestação nesta terça-feira (14/05), no Santander da avenida Tancredo Neves, em Salvador. “Da noite para o dia, sem ouvir o funcionário, o cartão que antes era aceito em todos os mercados, restaurantes e lanchonetes, não é mais. Cobramos a resolução do problema urgentemente”, conclui Augusto.