O número de pessoas infectadas recentemente pela influenza, vírus que provoca a gripe, aumentou de forma significativa na Bahia e em outros estados. Em Salvador, há pelo menos uma semana, os postos de saúde têm recebido uma demanda aumentada de pacientes com sintomas da doença.
Uma das manifestações importantes dessa enfermidade é a ocorrência de Influenza A H3N2. Na Bahia, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), até a última segunda-feira (13/12), nove casos do tipo evoluíram como síndrome respiratória aguda grave.
Dados do boletim divulgado pela Vigilância Epidemiológica mostram que as notificações ocorreram em Salvador e Lauro de Freitas, sendo cinco do sexo feminino e quatro do sexo masculino, com idades entre 30 e 85 anos.
O cenário abre uma preocupação para a possibilidade de existência de uma epidemia. Contudo, especialistas afirmam que, ainda, não existem estudos suficientes para essa afirmação. “Para caracterizar uma epidemia, tem que ter dados epidemiológicos bem avaliados”, disse, ao Aratu On, a infectologista Ceuci Nunes, esclarecendo que isso pode ocorrer tanto em áreas de grandes diensões como em grupos mais reduzidos.
De acordo com a diretora do Instituto Couto Maia, hospital especializado em doenças infectocontagiosas, no momento, temos apenas um crescimento significativo da ocorrência da doença. “Para ser uma epidemia, os números precisariam ultrapassar uma curva histórica e não há informações sobre isso”, explicou.
Contudo, a situação atual, segundo a especialista, poderia ter sido evitada se as pessoas tivessem continuado, de forma mais frequente, com as medidas restritivas impostas pelas autoridades sanitárias, diante da pandemia da Covid-19.
“As pessoas estão se descuidando e deixando de usar as medidas protetivas e isso está contribuindo para a disseminação da gripe que também é uma doença respiratória”, lembrou. A infectologista destacou, ainda, que nos primeiros momento do convívio com a presença do coronavírus, a gripe praticamente deixou de existir, devido aos cuidados de proteção.
SITUAÇÃO EM SALVADOR
Na capital baiana, a Secretaria Municipal da Saúde, nesta quarta-feira (15/12), ampliou mais oito postos de saúde para reforçar a oferta da vacinação contra a gripe.
Podem buscar o local, exclusivamente o público elegível da estratégia: trabalhadores da saúde, crianças entre 6 meses e 6 anos; gestantes e puérperas; pessoas com mais de 60 anos; povos indígenas e quilombolas e pessoas com comorbidades ou deficiência permanente.
Os postos também estão aplicando a 2ª naquelas crianças vacinadas pela primeira vez em 2021.
Segundo a SMS, esse ano, pouco mais de 416 mil pessoas receberam a vacina contra gripe em Salvador, número considerado abaixo do esperado já que corresponde a apenas 58% de cobertura do público alvo. A meta é imunizar pelo menos 90% do público elegível que reside na cidade.
Ainda de acordo com a SMS, Salvador está vivendo um surto de casos de influenza. De acordo com Andréa Salvador, diretora de Vigilância à Saúde do município, a situação é configurada pelo elevado número de casos registrados em um curto espaço de tempo.
VEJA OS POSTOS
DS Barra/ Rio Vermelho
Multicentro Adriano Pondé
DS Boca do Rio
USF Parque de Pituaçu
DS Cabula/ Beiru
USF Fernando Filgueiras (Cabula VI)
DS Cajazeiras
USF Yolanda Pires
USF Cajazeiras IV
DS Centro Histórico
Multicentro Carlos Gomes
DS Liberdade
Multicentro Professor Bezerra Lopes
DS Brotas
UBS Manoel Vitorino
DS Itapagipe
USF Joanes Leste
USF Joanes Centro Oeste
DS Itapuã
USF Mussurunga 1
DS São Caetano Valéria
USF Antonio Lazzarotto
DS Subúrbio
USF Tubarão
USF Teotônio Vilela 2
USF Congo
USF São João do Cabrito
USF Alto da Terezinha
USF Fazenda Coutos 1
USF Alto do Cruzeiro
DS Pau da Lima
USF Vila Canaria
USF Dom Avelar
USF Nova Brasilia
UBS Pires da Veiga