A privatização dos bancos públicos foi tema de debate durante audiência pública sobre os Impactos da Reestruturação dos Bancos Públicos na Economia Baiana. O debate aconteceu na Assembleia Legislativa da Bahia, no CAB, hoje (10), e foi promovido pela Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb BA/SE).
Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, colocar o tema em discussão no Parlamento é importante para dar visibilidade ao assunto na Casa. “A Fenaban trabalha nos bastidores para retirar, por exemplo, o FGTS da Caixa e passá-lo para os bancos privados. Isso vai ocasionar uma perda das ações sociais para o trabalhador”, argumenta.
De acordo com dados apresentados durante audiência, do total de R$ 61 bilhões dos recursos investidos pelos bancos no país, R$ 49 bilhões vieram das instituições públicas e apenas R$ 12 bilhões foram dos privados.
As áreas de habitação e saneamento básico, por exemplo, recebem financiamento de 77% e 80% das estatais, respectivamente. Outro dado apresentado se refere a 56% do crédito ofertado para os brasileiros, também originado pelos bancos públicos.
O diretor Fábio Ledo do SBBA explicou que “os bancos privados querem alcançar apenas lucros e não se comprometem com o desenvolvimento do Brasil”. Participaram da audiência, representantes das associações e sindicatos dos trabalhadores da Bahia.
“Os bancos públicos têm papel fundamental no desenvolvimento do país. Diferentemente dos privados, que visam apenas o lucro, as estatais são responsáveis por programas nas áreas de educação, saúde, cultura, esporte, infraestrutura e economia. Portanto, reduzir ou vender não deve ser opção”, afirmou Vasconcelos.
Entretanto, segundo o dirigente sindical, “o governo Temer investe pesado no desmonte, com o fechamento de agências, a extinção de setores estratégicos, a redução do quadro de pessoal e o fatiamento. A Caixa, por exemplo, terá a Lotex leiloada nos próximos meses.
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