Flagrado recebendo R$ 500 mil da JBS, o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) disse a aliados que não sabia que havia dinheiro na hora da entrega da mala por Joesley Batista, mas que desconfiou por conta do peso. Na versão de Rocha Loures, ele só soube que tinha dinheiro quando abriu a mala.Aliados de Temer e advogados têm conversado com o deputado afastado do PMDB desde a divulgação da gravação na semana passada. A expectativa do Palácio do Planalto é de que Loures confirme a versão dada nos bastidores às autoridades no momento que for chamado a depor. Ainda não há confirmação de data para depoimento oficial. Nas conversas com auxiliares de Temer, Loures diz que o presidente da Republica não teve a ver com o recebimento da mala de dinheiro. O peemedebista, que foi assessor especial de Temer na Presidência, contou a interlocutores que estava se aproximando do dono da JBS, Joesley Batista, por interesse comercial – já que ele, além de deputado, é empresário do setor de alimentos.
E disse que, na época, pensou que não fazia sentido a entrega daquela forma, mas que agora ele entendeu por que Joesley “forçou”. Peemedebistas dizem que o dono da JBS estava em busca de assessores de Temer para produzir provas contra o presidente.Enquanto aguardam os desdobramentos, aliados do governo também afirmam temer que Loures queira fazer uma delação premiada pressionado pela família. Motivo: sua esposa está grávida de 8 meses, e ele admite que sua situação na Justiça é ruim.Temer, ao comentar a possibilidade de Loures delatar, ressalta a assessores que se for delatar terá de “inventar” fatos envolvendo o presidente.