Na ansiedade de conseguir uma nova oportunidade de trabalho, muitas pessoas se perdem ao elaborar um currículo e acabam colocando informações falsas no documento. O que elas, talvez, não percebem é que muitos dos tópicos podem ser facilmente desmentidos, como a fluência em outro idioma, basta uma conversa com o candidato na língua para identificar a mentira. Por isso, todas as informações do currículo devem ser verídicas, preferivelmente, passíveis de comprovação.
Para Juliana Barsotti, coordenadora de RH da TOP PEOPLE, empresa especializada em trade marketing e recrutamento e seleção, é importante atentar-se ao período de permanência nas empresas. Com receio de achar que o recrutador achará pouco tempo ou que está há muitos meses desempregado, alguns candidatos estendem a data de suas experiências. Uma dica é colocar a informação de tempo total na empresa se está desempregado há muito tempo e somente o ano de atuação na empresa para quando o tempo nela foi pouco.
Outra informação fácil de ser desmentida é o nível de escolaridade, já que o recrutador pode pedir o diploma e o candidato não tê-lo. O mesmo vale para experiências em determinadas empresas ou cargos, que além de não estarem registradas na carteira de trabalho, o recrutador pode simplesmente fazer perguntas sobre as experiências e fazer o candidato enfiar os pés pelas mãos.
Para Juliana, ainda, a disponibilidade para viajar ou trocar de residência é um item muito importante e o candidato tem que estar ciente quanto a sua disponibilidade, para que não surjam problemas após uma possível contratação. Além disso, essa mentira não garantirá que o candidato seja contratado. Será que vale mesmo o risco?
Ter as informações do currículo desmentidas pode ser extremamente constrangedor no momento da entrevista. O indicado é colocar no currículo apenas informações verdadeiras para não correr o risco de retirar possíveis chances desse candidato na empresa.