Agora, após conquistar 83 prefeituras na Bahia, fazer o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e garantir mais espaço no secretariado de Rui Costa, o senador Otto Alencar (PSD), ensinou a Rui e a Neto como é que se faz política e também mostrou que o “capoeira” não gosta de ser desafiado. Entenderam o recado, não foi?
Só para constar, Ângelo Coronel nem seria o nome, Otto nem ia se envolver na eleição da ALBA, porém, chamaram “bagaço” (seu apelido carinhoso nas rodas de capoeira) para a roda e aí, não deu outra, com ginga e esquiva, deu no que deu. Nilo foi ao chão abraçado com o PT.
O adeus de Nilo
Quem é rei nunca perde a majestade. Dessa vez o ditado popular não se aplica ao deputado estadual, Marcelino Nilo (PSL), que após 10 anos na presidência da Assembleia Legislativa foi destronado após uma verdadeira aula de política do senador Otto Alencar (PSD), que mudou até o voto de um deputado que disse “que só Deus mudaria seu apoio a Nilo”
Quem é rei nunca perde a majestade. Dessa vez o ditado popular não se aplica ao deputado estadual, Marcelino Nilo (PSL), que após 10 anos na presidência da Assembleia Legislativa foi destronado após uma verdadeira aula de política do senador Otto Alencar (PSD), que mudou até o voto de um deputado que disse “que só Deus mudaria seu apoio a Nilo”
Nilo, que teve que retirar a candidatura na véspera das eleições, para não sofrer uma derrota esmagadora, viu o trono ser passado para o inexpressivo Ângelo Coronel (PSD), que foi eleito com 57 votos dos 62 deputados (foram contabilizados quatro votos nulos e um branco).
Mais perdido do que Marcelo Nilo (PSL) foi a bancada petista, que não conseguiu emplacar nenhum nome para a Mesa Diretora. Aliás, se Nilo foi presidente durante as duas gestões de Wagner e metade na gestão Rui Costa deve-se a falta de capacidade de articulação dos deputados do PT, guiados por uma direção míope com parlamentares atrapalhados.
A sorte de Rui Costa para 2018 é que Otto manja dos paranauê e sabe a hora certa do pulo do gato. De ACM a Jaques Wagner todos reconhecem sua lealdade, bem como o princípio de que ele é contra quem se elegeu para um cargo sair e jogar fora os votos recebidos. Governador? Nem por nomeação!
“Ai, ai, aide, joga bonito que quero aprender”. Valeu, Otto. Valeu, camará.