O argumento usado pelo Partido Liberal, de Jair Bolsonaro, para solicitar a invalidação o resultado de mais de 250 mil urnas usadas no segundo turno das eleições, não se sustenta. Segundo o Estadão Verifica, página dedicada a checagem de fatos, não é verdade que seja impossível identificar urnas eletrônicas sem um número de série individual.
A partir de entrevistas com especialistas no assunto, o portal explicou que, de fato, urnas de modelos anteriores a 2020 recebiam um número de série único, e não uma identificação individual, como as urnas do modelo novo. Essa falha ocorreu nos logs das urnas eletrônicas — um documento disponibilizado pelo TSE no qual se registram todas as atividades realizadas pelo equipamento de votação. Mas a ausência desse número de série não significa que os resultados estejam comprometidos, que não seja possível identificar a compatibilidade de um log ou a qual urna o documento pertence por conta disso, como argumento o relatório técnico contratado pelo partido.