Equilíbrio e coordenação motora são algumas das premissas para quem deseja seguir o caminho circense, mas aliado a isso, a alegria é fundamental. E ela estava estampada no rosto de cada um dos alunos assistidos pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo (SCFV) de Lauro de Freitas. Na manhã desta quarta-feira (20), no SCFV do Parque São Paulo, eles colocaram em prática o que aprenderam ao longo de três semanas de treinamentos e fizeram uma apresentação de equilíbrio com prato, bastão, perna de pau e com pinos.
A ação da Prefeitura foi promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania (SEMDESC) e contou com o apoio do projeto Educação Arte, da Secretaria Municipal de Educação (SEMED).
Aos 13 anos, Paola Peixoto deu um show de malabarismo com os pinos, mesmo com o nervosismo de se apresentar pela primeira vez em público. “O treinamento foi bem interessante, a atividade também. Assim eu aprendi a me desenvolver mais. Muitas pessoas pensam que o circo é brincadeira, mas aqui a gente vê a origem das coisas que acontecem, que é o que os professores ensinam”, explicou.
Responsável por ensinar a desenvolver as atividades, o professor Artêmio Luz, classificou como essencial a participação dos meninos. “Fizemos aqui um projeto pontual de três semanas. Hoje, estamos desenvolvendo o resultado desse trabalho, que é a apresentação. E pra mim foi excelente, porque a participação dos meninos é essencial para o equilíbrio, coordenação motora, e tudo isso dentro das habilidades circenses que nós desenvolvemos”, disse o educador.
De fala mansa, o pequeno Ariel Souza, de apenas 10 anos, pegou seu o bastão, o prato e foi. A justificativa para tamanho traquejo, ele mesmo explicou. “Eu gosto daqui, gosto da atividade. Gosto de circo. Eu gosto do prato. Então, eu sou um equilibrista”, contou o jovem sorrindo.
Com o sentimento de dever cumprido, Marise Araújo, diretora do SCFV, entende que o trabalho em conjunto é importante, pois são abertas várias possibilidades, seja no social, na educação, na saúde, na comunidade. Ela explica como funciona o processo no centro. “O trabalho intersetorial é muito importante. Essa parceria com o CRAS, a junção da educação com o social, o trazer a arte para essas crianças, para o dia a dia delas e a possibilidade de experimentar coisas novas. Vivenciar experiências novas, então a arte traz a possibilidade de as crianças sonharem. Essa integração, esse compromisso foi algo muito positivo. Para nós, o objetivo desse serviço de convivência é cada vez mais promover a integração entre a educação, o social, a saúde, a família e a comunidade. Esse é o objetivo, que é fazer com que essas crianças criem e percebam que existem algo além, um projeto de vida”, revelou.