O presidente Jair Bolsonaro defendeu na quinta-feira (10) os partidos do chamado “Centrão” no Congresso Nacional e reclamou o que para ele é uma “satanização” das legendas. A declaração foi dada após o presidente comentar a troca que promoveu no comando do Ministério do Turismo.
De acordo com o portal IG, ao lado do novo ministro, Gilson Machado, Bolsonaro negou que a demissão do ex-titular da pasta, Marcelo Álvaro Antônio, já estivesse decidida anteriormente para ceder espaço a um parlamentar.
Atualmente sem partido, Bolsonaro fez questão de lembrar que já integrou legendas de centro e afirmou que precisa dialogar com o Parlamento e que Marcelo Álvaro Antônio “estava fazendo um bom trabalho, ninguém nega isso daí, mas teve um problema”.
“Houve excesso, mas tá resolvido, mas infelizmente nós aí exoneramos o ministro Marcelo Álvaro Antônio . Tá certo? Ele continua amigo nosso, o que nós pudermos ajudá-lo, nós ajudaremos. Obviamente essa ajuda tem uma contrapartida de ele nos ajudar também em cima dos conhecimentos que ele tem. Eu quero deixar bem claro, pessoal, quando o pessoal fala em Centrão, eu já integrei, vamos lá, Partido Progressista (PP), PTB, PFL, atualmente, DEM e PSC. E fui também de outros partidos extintos, que se extinguiram por fusões: o PPB e PPR”, comentou o presidente, sem citar explicitamente o motivo da demissão.
O motivo da exoneração, no entanto, foi apontado por diversos veículos após a divulgação de uma mensagem enviada por Álvaro Antônio com críticas à articulação política do ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo.