Prezados amigos, gostaria de compartilhar com vcs a experiência que tive hoje a tarde no exercicio da profissão de advogado.
Por volta das 15:30 fui acompanhar um cliente no seu terreno onde supostamente tinha um invasor.
Solicitamos a presença da polícia militar, chegando no local a viatura 9.5203 da 52 CIMP da nossa cidade. A bordo dela o comandante da guarnição o Sub-tenente Gomes e mais dois soldados.
Num determinado momento em que houve um bate boca entre as partes, o Soldado Fernandes disse que se as partes brigassem ele ia “quebrar no pau os dois”.
Olhei para o cliente e pedi que ficasse calado, tendo em vista que sabemos o quanto é difícil a profissão de policial e que as vezes se alteram por conta do stress da profissão.
Encaminhados todos à 23 DP no centro de Lauro de Freitas, enquanto o agente da policia civil explicava que não poderia ser feito o boletim de ocorrência, deixei meus telefones e contatos com o mesmo para eventuais esclarecimentos e, no momento em que saia da delegacia, ainda dentro dela, o referido soldado, já sem a identificação na farda, disse a seguinte frase para mim: “minha mão está coçando para lhe dar um tapa”.
Diante de tal fato, perguntei ao mesmo então porque ele ainda não havia dado, oportunidade em que fui ameaçado de prisão que estava diante de uma “autoridade”.
Infelizmente na delegacia não havia delegado plantonista.
Fico me perguntando se ocorre isso com um advogado no exercicio de suas funções e prerrogativas dentro de uma delegacia de polícia, o que não se faz com um cidadão comum nas ruas??
Tenho certeza que não é essa a orientação dada pelo caríssimo Major Fabrício, comandante do 52 CIPM.
É uma pena que episódios como esses ainda sejam corriqueiros no nosso Estado.
Mas tal fato não ficará impune, pois já estão sendo tomadas as medidas necessárias, junto à Corregedoria da PM e ao Ministério Público para que episódios como esse não se repitam.
Abraço a todos
Marcello Mousinho
OAB/BA 30.227