A ex-deputada federal Margarete Coelho (PP-PI), cotada para assumir a presidência da Caixa Econômica Federal sob a bênção do centrão, assina como advogada ações em que Arthur Lira (PP-AL) tenta censurar reportagens que considera negativas.
Entre as mais emblemáticas, estão três ações cíveis na Justiça de Brasília em que busca indenização e a retirada do ar de reportagens em que Jullyene Lins, ex-mulher de Lira, o acusa de ter cometido violência sexual contra ela em 2006. Os processos incluem pedido de proibição da veiculação de novas reportagens sobre o caso.
Nas ações, a agência Pública e o canal ICL Notícias, os juízes negaram os pedidos de liminar. Na direcionada a Jullyene e ao site Congresso em Foco, o juiz determinou a retirada da reportagem do ar, conforme a Folha de S.Paulo.
Nos três casos, o mérito ainda será julgado. Lira não tem se manifestado sobre essas ações.
Jullyene já afirmava anteriormente ter sido agredida com chutes e socos nessa mesma data (2006), mas o deputado foi absolvido dessa acusação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015.
Procurada diretamente e por meio de sua assessoria, Margarete Coelho não se manifestou.
A ex-deputada, que acabou não conseguindo se reeleger em 2022, mas ganhou projeção no Congresso pelas mãos de Lira, que a designou para relatar projetos importantes, atua nessas ações apesar de a sua especialização ser na área eleitoral.
Margarete hoje é diretora de Administração e Finanças do Sebrae. A entidade de apoio às pequenas e microempresas, apesar de ser privada, sofre forte influência governamental e do mundo político