O policial reformado Ronnie Lessa, preso sob acusação de ter executado a vereadora Marielle Franco (PSol) e o motorista Anderson Gomes em março de 2018, no Rio de Janeiro, negou sua participação no crime e confirmou que recebeu ajuda do presidente Jair Bolsonaro – de quem era vizinho -, no fim de 2009. As declarações foram dadas em entrevista exclusiva à revista Veja.
À publicação, Lessa contou que depois de perder parte da perna esquerda na explosão de uma bomba em seu carro, Bolsonaro, então deputado federal, intercedeu para que ele tivesse atendimento priorizado na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no Rio de Janeiro. “Bolsonaro era patrono da ABBR. Quando soube o que aconteceu, interferiu. Ele gosta de ajudar a polícia porque é quem o botou no poder. Podia ser qualquer outro policial”, disse Lessa, que, apesar de ter recebido o favor, diz que mal conhece o presidente. “No final dessa história eu saio como mal-agradecido. Nunca fui apertar a mão dele”, acrescentou.