A verdade sobre a atual gestão..
Já dizia Marilena Chaui na sua obra Cultura e Democracia que: “O sensacionalismo é o veiculo introdutor nas mentalidades, da histeria coletiva na opinião única”. Já previa Chauí que o uso de sensacionalismo poderia ser um grande motor propulsor para a destruição de reputações e na construção de falsas convicções e moralismo.
Nos últimos meses tenho visto de forma muito preocupante, uma avalanche de criticas e dizeres muitas vezes desrespeitosos, visando descredibilizar, agredir e insultar a figura da atual Prefeita de Lauro de Freitas, Moema Isabel. (A ênfase no Isabel como símbolo de resistência aos interesses escravagistas na promulgação da alforria).
Financiados por donos de mercados, e grupos historicamente opostos ao espectro politico da atual gestora: blogs, veículos da grande mídia, e redes de televisão tem disparado diariamente falácias jornalísticas e factoides jornalísticos, disfarçados de noticias, com intuito de desgastar a mandatária. Mas afinal, seria a atual gestão tão ruim a ponto de se destacar dos 417 municipios da Bahia? Você chegará ao final desse artigo a conclusão que não.
Respeitadas as saudáveis divergências de opiniões, próprias do tramite democrático (e até saudáveis no sentido da critica construtiva) a regra tem sido o uso do que chamamos de “estética da violência” bem descrita por Belarmino Guimarães na obra “Jonalismo e produção dos sentidos” .A técnica consiste em pegar uma verdade (exemplo: um buraco na via pública) e por meio de sofismas, de inversões logicas afirma-las por meio de discursos falaciosos (ex: o buraco está na via, logo a gestão não cuida das vias públicas na cidade). A questão dos sofismas e logismos é que eles não sobrevivem a uma apuração mais seria dos dados. Assim vejamos: Existe um buraco na via? Quantos buracos na via existiam a 3 anos atrás? A resposta é que houve uma redução de 80% nos danos visíveis a malha viária de nossa terrinha, logo a gestão cuida das vias pois tem se dado ao trabalho de tapar os buracos. Compreendem a diferença?
A compreensão do axioma logico proposto, pode também ser melhor elucidado a partir de uma análise da conjuntura econômico e financeiro. Alguns repetem o discurso: “Não há grandes obras, logo a gestão não é boa” , pergunto: o que seriam grandes obras? A métrica do resultado de uma gestão não se dá necessariamente pelo número e ‘grandes’ obras feitas, se fossem assim estariam todos os prefeitos baianos condenados ao mesmo tratamento dado a Lauro de Freitas, afinal qual grande obra foi feita em Camaçari? Quantos postos de saúde foram construídos em Simões Filho? Quantos viaduto foram construídos pela Prefeitura de Dias Davila? Percebem que há propositalmente uma tentativa de imputar uma régua muito mais rígida com Lauro de Freitas? O nome disso é presopução argumentativa que segundo Berns responde a quatro estímulos: econômicos (donos de mercado), de poder politico (grupos opositores partidários), de interesses patrimoniais ( cotas de publicidade que deixaram de contemplar revista ‘x’ ou ‘y’) , interesses dogma-religiosos (de grupos religiosos que acham que teriam mais vantagens no poder).
A verdade é que Lauro de Freitas tem desafios de uma capital, com uma arrecadação de cidade média. O exame do programa de governo participativo (PGP), que elenca os compromissos acertados pela atual gestão mostra que em torno de 50% do plano já foi comprimido. Com 50% do mandato (aproximadamente) ainda por vir, por que tantas vozes se antecipam em condenar uma gestão que ainda tem tempo, muito tempo para fazer mais e melhor?
Lauro de Freitas viveu ainda 4 (quatro) anos sobre a égide de um administrador pouco responsável. Com um coração de ouro, mas de racionalidade faltante Marcio Araponga Paiva, deixou um legado de irresponsabilidade fiscal. Aumentos abusivos para diversas categorias, fechamentos de serviços essenciais de saúde, e decisões administrativa equivocadas (como mudar diversas secretarias de prédios próprios para prédios alugados), somado a uma crise de receitas criou uma bomba relógio que explodiu nos colos de Moema.
Sem popularidade, e tentando salvar sua reeleição Marcio recorreu a um empréstimo vultuoso a Desenbahia, a ser pago em prestações que tirarão o sono de muitos prefeitos. Com que objetivo? Jogar asfalto as pressas em Vilas do Atlântico e em um trecho da Luís Tarquínio. Com o índice de pessoal estourado, e sem pagar o que devia ao INSS, Márcio teve sua empreitada antirracional interrompida, com bloqueio de parte dos recurso disponíveis. A captação de convênio caiu 67% na gestão anterior e pasmem, milhões de reais de recursos federais não foram sequer tocados, para evitar o ‘carimbo’ de ‘Moema’ nas obras públicas. Esse era o pensamento de quem governou a cidade.
Com dívidas previdenciárias, sem um contrato ativo, com postos fechados e escolas em estado de abandono Moema Gramacho teve o desafio hercúleo de ‘não deixar cair’ a ‘peteca’ de Lauro de Freitas. Poderia ter declarado calamidade pública, poderia ter contraído novas dívidas. Foi responsável foi ponderada, preferiu a cautela.
Aos poucos as obras tão sonhadas começam a aparecer, os serviços essenciais da cidade já funcionam. A UPA da Itinga atende com média de 38 minutos ( A titulo de comparação o hospital Aeroporto demora em média 2 horas e meia para prestar um atendimento de emergência).
A conclusão meus caros é que Moema nos surpreende pela força. Receber tanta agressividade e tanto ódio sem perder a compostura é digno de poucos. Digo com a serenidade de quem viu por dentro (como servidor de carreira que sou) o estado calamitoso que o Municipio vivia, pagando salários aos pedaços (em 2015), em comparação com hoje. Ainda faltam em torno de dois anos, e tenho certeza que você leitor retomará a leitura desse artigo daqui um ano e creditará razão aos argumentos expostos. Nada sobrevive ao trabalho. Deixem a mulher trabalhar!
Por Marcelo José