Moema Gramacho questiona limites territoriais entre Salvador e Lauro de Freitas
Salvador e Lauro de Freitas sempre brigaram por questões de limites territoriais, a começar pela posse do aeroporto, que Salvador ganhou, entre uma série de outros conflitos, mas agora ganharam um novinho em folha, recém-tirado do forno.
No projeto de redimensionamento da capital que ampliou o número de bairros estão inclusos Itinga e Areia Branca, historicamente, fora de qualquer conflito, sempre administrados por Lauro de Freitas.
Inicialmente até se disse que era uma picuinha de ACM Neto contra a prefeita Moema Gramacho, que é do PT. A vereadora Aladilce Souza (PCdoB), adversária, diz que o projeto foi elaborado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), mas Moema diz que nem por isso a afronta se extingue, porque só o fato de a Câmara de Salvador se arvorar a criar bairros invadindo territórios de outros municípios é um desrespeito:
– Só quem legisla sobre isso é a Assembleia. Da forma como foi, é uma tentativa de usurpação. O prefeito (ACM Neto) diz que eu estou desinformada. Ele é que foi maldoso.
Critérios – Moema diz que nem mesmo nos critérios definidos pela lei de Salvador Itinga e Areia Branca se enquadram:
– O critério um diz que tem que ter escola; o dois, unidade de saúde; o três, unidade coletora; e o quarto, oferta de transporte. Escolas, postos, coleta de lixo e ônibus, tudo quem faz por lá é Lauro de Freitas. Se não houver acordo, iremos à Justiça.
Marisol só – Por conta disso, Moema também quer de volta a área do Condomínio Marisol, nas cercanias de Ipitanga.
A área era Salvador, mas quem cobrava o IPTU era Lauro de Freitas. Três anos atrás, um TAC firmado com o Ministério Público devolveu a área para Salvador.