A palavra mito é de origem grega e significa contar, narrar algo para alguém que reconhece o autor do discurso como autoridade sobre aquilo que foi dito. O “Mito” do Bolsonaro nasceu baseado no ódio, na manipulação, da desilusão sistematizada e de uma depressão coletiva, que de vez em quando atormenta a sociedade.
Depois de 7 meses de desgoverno, onde o cenário é de terra arrasada, o “Mito” e a sua narrativa mal contada começam a se deteriorar.
O discurso de bandido bom é bandido morto, não cola mais. O Clã Bolsonarista está envolvido de corpo e alma com milícias, crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e até mesmo no suposto assassinato da companheira Marielle.
A política econômica ultraliberal de Paulo Guedes procura leiloar o patrimônio público, enquanto paralisa o desgoverno para chantagear o país com a indecorosa reforma da previdência. O “Semideus” da Justiça, senhor Sérgio Moro, foi escalpelado e teve retirada a sua máscara de “herói” frente a opinião pública sensata. O Triunvirato: Bozo, Paulo Guedes e Sérgio Moro só não estão mais desprestigiado do que a própria a imagem do Brasil Mundo a fora.
No dia 2 de julho, data histórica da Bahia e do Brasil, os cantos de liberdade voltaram a brilhar de forma esplêndida. Confirmando os versos do seu hino: “Com tiranos não combinam/ Brasileiros, brasileiros corações”.
A prova de que o “Mito” está derretendo é a sua rejeição geral. Segundo novo levantamento do IBOPE, 32% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo – é o pior desempenho de um presidente do Brasil desde a redemocratização.
No Superclássico Brasil e Argentina, o Bozo recebeu uma sonora vaia e gritos de protestos contra os seus desmandos e desgoverno canibalesco. Tudo isso, porque nada resiste a verdade. A podridão Bolsonariana explode como um vulcão adormecido depois de 30 anos.
No Superclássico da política, os Bolsonaristas sofreram outra marcante derrota, os ‘perros’ foram trucidados nacionalmente. Enquanto o Bozo foi vaiado diante de mais de 52 mil pessoas em pleno Mineirão, em Brasília tivemos Sérgio Moro, que recebeu mais do que merecidas vaias. Diante da Câmara dos Deputados, o ex-juiz político, foi confrontado e goleado pelos deputados de maneira categórica. Quanto mais Moro dissimulava e mentia, os deputados de oposição expunham até as vísceras do falso herói. Acredito que se Moro pudesse voltar no tempo, não trocaria o posto de juiz de primeira instância, por um Ministério tão inundado de lama, além de ter o seu nome na vergonhosa lista dos traidores da pátria.
Sabiamente, o mineiro Drummond já nos alentava: “As leis não bastam/os lírios não nascem das leis”.
Desta “sublei” covarde e política partidária imposta por Moro e os seus capangas da Lava Jato não brotam lírios, espalham terror, injustiça, usurpação nacional e malévolos benefícios pessoais.
Ontem, além da vitória do Brasil sobre a Argentina, foi uma goleada do povo contra os tiranos! A rota de declínio deste desgoverno é tão previsível quanto a certeza de que os Aerococas dos Narcomilitares não saem do morro.
Vejam que ironia, futebol e política nunca tiveram tão próximos um do outro como nesta última terça-feira. Nos estádios, costumamos ouvir o canto das torcidas incentivando o time a derrotar o seu adversário. Nesse 2 de julho, o verdadeiro canto que ecoou por todo Brasil foi: “te cuida Bozo, o povo vai te derrotar!”
Josias Gomes – Deputado Federal (licenciado) do PT/Bahia e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). Se concorda, compartilhe!